segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

LEONARDO DA VINCI REVELAÇÃO DA ÚLTIMA CEIA

A famosa obra do artista renascentista já é foco de especulações em todo mundo depois que o romancista Dan Brown baseou seu livro "O Código Da Vinci" na obra, argumentando em sua história que Jesus casou-se com Maria Madalena, tendo um filho com ela.

Slavisa Pesci, especialista em informática e estudioso amador, afirma, a superposição de "A Última Ceia", com sua imagem espelhada, cria uma imagem contendo uma figura que parece um cavaleiro templário e outra pessoa segurando um bebê.
"Eu percebi isso por acidente, a partir de alguns detalhes você pode inferir que não estamos falando de coincidência, mas sobre cálculos precisos", disse Pesci a jornalistas quando revelou sua teoria no início dessa semana.
Na versão sobreposta, uma figura à esquerda de Cristo parece segurar um bebê nos braços, disse Pesci, mas ele não faz sugestões de que a criança possa ser filha de Cristo. Judas, que no quadro é mostrado à direita de Cristo, aparece em um espaço vazio no lado esquerdo na imagem sobreposta. E Pesci também sugere que a versão sobreposta mostra um cálice diante de Cristo e ilustra quando Ele abençoou o pão e o vinho na ceia com seus apóstolos.
Li a notícia acima no Terra. Daí tentei fazer em casa, usando uma imagem que peguei na internet, e usando o Photoshop. Com isso, pude controlar o grau de transparência da imagem espelhada. E, usando outro nível de transparência, o resultado foi ainda mais surpreendente:
O que aparece CLARAMENTE é o apóstolo Felipe tapando a boca de Maria (ou João, caso você não seja adepto da teoria de Dan Brown) e de Pedro ao mesmo tempo! Não precisa nem ter imaginação pra ver isso! O alinhamento e o gestual dos corpos é perfeito. E o rosto de Jesus fica visivelmente transfigurado de dor (eu espelhei somente uma metade da imagem). Qual a mensagem que Da Vinci quis passar com isso?
Acho que isso tudo é preciso demais pra ser uma coincidência... ainda mais vindo de Da Vinci, que adorava colocar easter-eggs em seus quadros (o rosto da Monalisa e de São João Batista lembram muito o do próprio pintor). Além do que Da Vinci era um perfeccionista, um profundo estudioso da anatomia humana, e no quadro da Última Ceia desenha o braço dapóstolo Felipe (terceiro à esquerda de Jesus, de laranja) de forma muito esquisita, com pouco detalhes na dobra do manto, e a cabeça de Pedro (a segunda cabeça à direita de Jesus) mais larga que o normal. E, quando invertemos, tudo parece fazer sentido, até mesmo a cor da roupa de Felipe ser praticamente a mesma (quando sobreposto) da de João/Maria!
Pode-se afirmar, com segurança, que nenhuma fisionomia, nenhum gesto é fortuito no quadro original da Última Ceia. Tudo obedece a um propósito longamente meditado, pois há uma enorme quantidade de desenhos preparatórios, tanto do conjunto da obra como de cada figura isolada. Cada apóstolo está numa relação de polaridade com aquele que ocupa posição simétrica à sua. Assim, o gesto expansivo de Mateus (o terceiro da direita para a esquerda) encontra sua contrapartida na postura receptiva de André (o terceiro da esquerda para a direita). E a indiscutível sinceridade estampada na fisionomia de Felipe (o quarto da direita para a esquerda) contrasta com o mundo de intenções ocultas, mal dissimulado nas feições de Judas (cujo corpo recuado faz com que seu rosto ocupe, no lugar de Pedro, a quarta posição da esquerda para a direita).
A obra demorou três anos para ser concluída. Consta que Leonardo trabalhava nesse afresco dia e noite, esquecendo-se de comer e dormir; depois, deixava passar vários dias sem tocar na obra, apenas a examinava e criticava. De repente, deixava outra ocupação e dirigia-se ao convento para dar uma pincelada, partindo em seguida.

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