domingo, 26 de setembro de 2010

OS ESSÊNIOS AGUARDAVAM DOIS MESSIAS

Abril de 1947, no vale de Khirbet Qumran, junto às encostas do Mar Morto, Juma Muhamed, pastor beduíno da região, recolhia seu rebanho quando ao seguir atrás de uma ovelha desgarrada percebeu que havia uma extensa fenda entre duas rochas.Curioso, atirou uma pedra e ouviu o ruído de um vaso se quebrando. No vaso, encontrou pergaminhos Este momento caracterizou-se como um marco para o mundo arqueológico: A Descoberta dos Manuscritos do Mar Morto.

Desde então, a tradução e divulgação do seu conteúdo têm atraído atenção mundial, e uma grande expectativa tem se instaurado quanto a possíveis segredos ainda não revelados.

Foram encontrados em 11 cavernas, nas ruínas de Qumran, centenas de pergaminhos que datam do terceiro século a.C até 68 d.C., segundo testes realizados com carbono 14. Os Manuscritos do Mar Morto foram escritos em três idiomas diferentes: Hebreu, Aramaico e Grego, totalizando quase mil obras.

Eles incluíam manuais de disciplinas, hinários, comentários bíblicos, escritos apocalípticos, cópias do livro de Isaías e quase todos os livros do Antigo Testamento.

De acordo com os estudiosos, os Manuscritos estão divididos em três grupos principais: Sectários, Apócrifos e Bíblicos. Os Bíblicos reúnem todos os livros da Bíblia, exceto Ester, no total 22 livros. Os Apócrifos são os livros sagrados excluídos da Bíblia, e, finalmente os Sectários que são pergaminhos relacionados com a seita, incluindo visões apocalípticas e trabalhos litúrgicos.

No livro "As doutrinas secretas de Jesus", o autor H. Spencer Lewis, F.R.C., Ph.D., cita na pág. 28 a referência (chave 15): "Essa sociedade secreta (sociedade secreta de Jesus) pode ou não ter sido afiliada aos essênios, outra sociedade secreta com que Jesus estava bem familiarizado" (*).

A descoberta dos Pergaminhos do Mar Morto confirmou a referência feita pelo autor aos essênios e seus ensinamentos secretos, que precederam o cristianismo e que Jesus deve ter conhecido bem. Um relatório parcial sobre essa descoberta, do arqueólogo inglês G. Lankester Harding, Diretor do Departamento de Antiguidades da Jordânia, diz o seguinte:

"A mais espantosa revelação dos documentos essênios até agora publicada é a de que os essênios possuíam, muitos anos antes de Cristo, práticas e terminologias que sempre foram consideradas exclusivas dos cristãos. Os essênios tinham a prática do batismo, e compartilhavam um repasto litúrgico de pão e vinho presidido por um sacerdote. Acreditavam na redenção e na imortalidade da alma. Seu líder principal era uma figura misteriosa chamada o Instrutor da Retidão, um profeta-sacerdote messiânico abençoado com a revelação divina, perseguido e provavelmente martirizado."

"Muitas frases, símbolos e preceitos semelhantes aos da literatura essênia são usados no Novo Testamento, particularmente no Evangelho de João e nas Epístolas de Paulo. O uso do batismo por João Batista levou alguns eruditos a acreditar que ele era essênio ou fortemente influenciado por essa seita. Os Pergaminhos deram também novo ímpeto à teoria de que Jesus pode ter sido um estudante da filosofia essênia. É de se notar que o Novo Testamento nunca menciona os essênios, embora lance freqüentes calúnias sobre outras duas seitas importantes, os saduceus e os fariseus."

Todos esses documentos foram preservados por quase dois mil anos e são considerados o achado do século, principalmente porque a Bíblia, até então conhecida, data de uma tradução grega, feita pelo menos mil anos depois da de Qumran. Hoje, os Manuscritos do Mar Morto encontram-se no Museu do Livro em Jerusalém..

O nome Essênios deriva da palavra egípcia Kashai, que significa "secreto". Na língua grega, o termo utilizado é "therepeutes", originário da palavra Síria "asaya", que significa médico.

A organização nasceu no Egito nos anos que precedem o Faraó Akhenathon, o grande fundador da primeira religião monoteísta, sendo difundida em diferentes partes do mundo, inclusive em Qumran. Nos escritos dos Rosacruzes, os Essênios são considerados como uma ramificação da "Grande Fraternidade Branca".

Segundo estudiosos, foi nesse meio onde passou Jesus, no período que corresponde entre seus 13 e 30 anos. Alguns estudiosos também acreditam que a Igreja Católica procura manter silêncio acerca dos Essênios, tentando ocultar que recebeu desta seita muitas influências.

Para medir o tempo, os Essênios utilizavam um calendário diferenciado, baseado no Sol. Ao contrário do utilizado na época, que consistia de 354 dias, seu calendário continha 364 dias que eram divididos em 52 semanas permitindo que cada estação do ano fosse dividida em 13 semanas e mais um dia, unindo cada uma delas.

Consideravam seu calendário sintonizado com a "Lei da Grande Luz do Céu". Seu ritmo contínuo significava ainda que o primeiro dia do ano e de cada estação sempre caía no mesmo dia da semana, quarta-feira, já que de acordo com o Gênesis foi no quarto dia que a Lua e o Sol foram criados.

Segundo os Manuais de Disciplina dos Essênios dos Manuscritos do Mar Morto, os essênios eram realmente originários do Egito, e durante a dominação do Império Selêucida, em 170 a.C., formaram um pequeno grupo de judeus, que abandonou as cidades e rumou para o deserto, passando a viver às margens do Mar Morto, e cujas colônias estendiam-se até o vale do Nilo.

No meio da corrupção que imperava, os essênios conservavam a tradição dos profetas e o segredo da Pura Doutrina. De costumes irrepreensíveis, moralidade exemplar, pacíficos e de boa fé, dedicavam-se ao estudo espiritualista, à contemplação e à caridade, longe do materialismo avassalador. Os essênios suportavam com admirável estoicismo os maiores sacrifícios para não violar o menor preceito religioso.

Procuravam servir a Deus, auxiliando o próximo, sem imolações no altar e sem cultuar imagens. Eram livres, trabalhavam em comunidade, vivendo do que produziam.

Os Essênios não tinham criados, pois acreditavam que todo homem e mulher era um ser livre. Tornaram-se famosos pelo conhecimento e uso das ervas, entregando-se abertamente ao exercício da medicina ocultista.

Em seus ensinos, seguindo o método das Escolas Iniciáticas, submetiam os discípulos a rituais de Iniciação, conforme adquiriam conhecimentos e passavam para graus mais avançados. Mostravam então, tanto na teoria quanto na prática, as Leis Superiores do Universo e da Vida, tristemente esquecidas na ocasião. Alguns dizem que eles preparavam a vinda do Messias.

Era uma seita aberta aos necessitados e desamparados, mantendo inúmeras atividades onde a acolhida, o tratamento  e a instrução dos jovens eram a face externa de seus objetivos. Não há nenhum documento que comprove a estada essênia de Jesus, no entanto seus atos são típicos de quem foi iniciado nesta seita. A missão dos seguidores do Mestre Verdadeiro foi a de difundir a vinda de um Messias e nisto contribuíram para a chegada de Jesus.

Na verdade, os essênios não aguardavam um só Messias, e sim, dois. Um originário da Casa de Davi, viria para legislar e devolver aos judeus a pátria e estabelecer a justiça. Esse Messias-Rei restituiria ao povo de Israel a sua soberania e dignidade, instaurando um novo período de paz social e prosperidade. Jesus foi recebido por muitos como a encarnação deste Messias de sangue real. No alto da cruz onde padeceu, lia-se a inscrição: Jesus Nazareno Rei dos Judeus.

O outro Messias esperado nasceria de um descendente da Casa de Levi. Este Salvador seguiria a tradição da linhagem sacerdotal dos grandes mártires. Sua morte representaria a redenção do povo e todo o sofrimento e humilhação por que teria que passar em vida seria previamente traçado por Deus.

O Messias-Sacerdote se mostraria resignado com seu destino, dando a vida em sacrifício. Faria purgar os pecados de todos e a conduta de seus atos seria o exemplo da fé que leva os homens à Deus. Para muitos, a figura do pregador João Batista se encaixa no perfil do Segundo Messias.

Até os nossos dias, uma seita do sul do Irã, os mandeanos, sustenta ser João Batista o verdadeiro Messias. Vivendo em comunidades distantes, os essênios sempre procuravam encontrar na solidão do deserto o lugar ideal para desenvolverem a espiritualidade e estabelecer a vida comunitária, onde a partilha dos bens era a regra.

Rompendo com o conceito da propriedade individual, acreditavam ser possível implantar no reino da Terra a verdadeira igualdade e fraternidade entre os homens. Consideravam a escravidão um ultraje à missão do homem dada por Deus. Todos os membros da seita trabalhavam para si e nas tarefas comuns, sempre desempenhando atividades profissionais que não envolvessem a destruição ou violência.

Não era possível encontrar entre eles açougueiros ou fabricantes de armas, mas sim grande quantidade de mestres, escribas, instrutores, que através do ensino passavam de forma sutil os pensamentos da seita aos leigos.

O silêncio era prezado por eles. Sabiam guardá-lo, evitando discussões em público e assuntos sobre religião. A voz, para um essênio, possuía grande poder e não devia ser desperdiçada. Através dela, com diferentes entonações, eram capazes de curar um doente. Cultivavam hábitos saudáveis, zelando pela alimentação, físico e higiene pessoal. A capacidade de predizer o futuro e a leitura do destino através da linguagem dos astros tornou os essênios figuras magnéticas, conhecidas por suas vestes brancas.

Eram excelentes médicos também. Em cada parte do mundo onde se estabeleceram, eles receberam nomes diferentes, às vezes por necessidades de se proteger contra as perseguições ou para manter afastados os difamadores. Mestres em saber adaptar seus pensamentos às religiões dos países onde se situavam, agiram misturando muitos aspectos de sua doutrina a outras crenças. O saber mais profundo dos essênios era velado à maioria das pessoas.

É sabido também que liam textos e estudavam outras doutrinas. Para ser um essênio, o pretendente era preparado desde a infância na vida comunitária de suas aldeias isoladas. Já adulto, o adepto, após cumprir várias etapas de aprendizado, recebia uma missão definida que ele deveria cumprir até o fim da vida. Vestidos com roupas brancas, ficaram conhecidos em sua época como aqueles que "são do caminho".

Foram fundadores dos abrigos denominados "beth-saida", que tinham como tarefa cuidar de doentes e desabrigados em épocas de epidemia e fome. Os beth-saida anteciparam em séculos os hospitais, instituição que tem seu nome derivado de hospitaleiros, denominação de um ramo essênio voltado para a prestação de socorro às pessoas doentes.

Fizeram obras maravilhosas, que refletem até os nossos dias. A notícia que se tem é de que a seita se perdeu, no tempo e memória das pessoas. Não sabemos da existência de essênios nos dias de hoje (não que seja impossível), é no mínimo, pelo lado social, uma pena termos perdido tanto dos seus preceitos mais importantes. Se o que nos restou já significa tanto, imaginem o que mais poderíamos vir a ter aprendido. Como sempre, é o máximo que podemos dizer: "uma pena". Estudos recentes comprovam que Sodoma e Gomorra está onde hoje é o Mar morto...

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APÓSTOLO TOMÉ ESTEVE NA AMÉRICA

O Evangelho de Tomé, preservado em versão completa num manuscrito copta em Nag Hammadi, é uma lista de 114 ditos atribuídos a Jesus. Alguns são semelhantes aos dos evangelhos canônicos de Mateus, Marcos, Lucas e João, mas outros eram desconhecidos até a descoberta desse manuscrito em 1945.

Tomé não explora, como os demais, a forma narrativa, apenas cita - de forma não estruturada - as frases, os ditos ou diálogos breves de Jesus a seus discípulos, contados a Tomé o Gêmeo, sem incluí-los em qualquer narrativa, nem apresentá-los em contexto filosófico ou retórico. Duas características marcantes do Evangelho de Tomé, que o diferenciam dos canônicos, são a recomendação de Jesus para que ninguém faça aquilo que não deseja ou não gosta e a ênfase não na fé, mas a descoberta de si mesmo.
Uma boa discussão, em língua portuguesa, sobre esse evangelho encontra-se no livro "Além de Toda Crença:

Desconhecido de Tomé", da historiadora Elaine Pagels, que defende a tese de que o Evangelho de João teria sido escrito para refutar o de Tomé. Obtém-se nesse livro proveitosa aula sobre o início do Cristianismo e entende-se melhor a escolha dos evangelhos canônicos e a posterior rejeição aos demais, tratados como "heréticos".

O escritor brasileiro Isaque de Borba Corrêa (isaqueborba) defende uma interessante tese baseada em antigas cartas de jesuítas, nas quais se relata a presença desse apóstolo na América. Segundo o catarinense Corrêa, mais de vinte jesuítas peregrinaram pelas Américas em busca das informações que o santo teria legado a seus sucessores. Isaque advoga a tese de que São Tomé teria não apenas viajado até a Índia, como teria estendido seu périplo às "Índias Ocidentais", atual América.

Segundo a tradição, São Tomé teria partido para as Índias acompanhado de João Crisóstomo. O escritor Panteno, segundo Eusébio, também esteve na Índia e conversou com Crisóstomo, mas não comentou sobre Tomé. O Padre Simón, na Colômbia, foi conduzido por um índio até uma gravura em pedra, na qual estavam gravadas as imagens de três homens, cada um contendo uma inscrição que Simón não teria conseguido traduzir. O ingênuo nativo traduziu-as para o jesuíta, explicando que as inscrições eram os nomes de cada um deles: João Crisóstomo, Tomé e Engélico. Eram figuras humanas que usavam barba, batina e sandálias. A figura central, Tomé, trazia na mão algo parecido com um livro. Isaque afirma que as pesquisas acerca da estada desse santo na América não prosperaram em virtude de um decreto emitido pelo Papa Urbano VIII, que considerou tal propósito uma heresia. Temendo um processo inquisicional por parte do Tribunal do Santo Ofício, os jesuítas recuaram em seu propósito e abandonaram as pesquisas. fonte: Wiki"Abaixa a espada, porque aquele que fere com a espada, morre pela espada".

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domingo, 5 de setembro de 2010

MARIA MADALENA SENTADA NO TRONO [FREI ANGELICO]

IGREJA CATÓLICA DE KILMORE - DERVAIG, NA ESCÓCIA

Na parte de baixo deste vitral há uma inscrição:
"MARIA ESCOLHEU A PARTE BOA, QUE NÃO LHE SERÁ TIRADA"

O versiculo de Lucas 10,42: está se referindo à MARIA DE BETÂNIA, quando Marta se queixa com Jesus por Maria ter lhe deixado os serviços domésticos, Jesus responde: "Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas; no entanto, uma só coisa e´necessaria; Maria escolheu a parte boa, que não lhe será tirada."

Maria Magdalena e Maria de Betânia são a mesma pessoa , Betânia é o local de nascimento e Magdala é um título, assim como: "Primeira Dama". A palavra MAGDALA de Maria, não diz respeito a sua cidade de origem, mas sim, a palavra hebraica MIGDAL, que significa TORRE. Desta forma: Maria, chamada Torre (A Torre: corresponde ao posto mais alto), indica sua posição na comunidade como: RAINHA.
Quadro do pintor renascentista Frei Angélico

A Matriarca sentada em um TRONO em forma de TORRE faz referencia a sua posição na comunidade como rainha. ( trono é o lugar onde sentam as rainhas e torre (magdala) é o título de Maria Magdalena).

O pintor Frei Angélico (1387) era um monge católico e foi beatificado pelo papa João Paulo II em 1982.

No ano de 591 o papa Gregório I ( 590-604), fez um sermão de páscoa declarando que Maria Magdalena e a Maria, irmã de Lázaro que morava em Betânia, era a mesma pessoa.

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DINASTIA REAL DE JESUS CRISTO E MARIA MADALENA

 
O Evangelho de Mateus afirma que Jesus era de sangue real, descendente de Salomão e Davi. Ele poderia Ter a pretensão legítima ao trono da Palestina unida. Ele teria enfrentado a oposição que enfrentou, precisamente em virtude de seu papel, o papel de um rei-sacerdote que poderia unificar o seu país e o povo judeu, representando assim uma séria ameaça tanto a Herodes quanto à Roma.

Sugerir que Jesus tivesse tal pretensão é desafiar a imagem do "pobre carpinteiro de Nazaré". Em primeiro lugar, existem dúvidas à respeito da cidade de Nazaré no tempo de Jesus. Ela não aparece nos mapas romanos, documentos ou registros. Não é mencionada no Talmud nem nos textos de Paulo. Nem mesmo o historiador Flavius Josephus - Que comandou tropas na Galiléia e listou as cidades da província - mencionou Nazaré.

Em suma, parece que Nazaré não surgiu como cidade até algum tempo depois da revolta de 68-74 d.C., e que o nome de Jesus se tornou associado a ela em virtude da confusão semântica.

Sendo de Nazaré ou não, não há tampouco alguma indicação de que Jesus tenha sido um "pobre carpinteiro". ( Vermes, Jesus the Jew, p. 21, menciona que nos provérbios do Talmud o nome aramaico denotando carpinteiro ou artesão (naggar) significa homem culto ou intelectual)

Nenhum dos quatro Evangelhos o descreve como tal. Na verdade, as evidências nelas contidas sugerem o contrário. Ele parece Ter sido bem educado. Parece Ter recebido treinamento para rabino e Ter conversado tão freqüentemente com pessoas ricas e influentes quanto com os pobres.

Nicodemus, José de Arimathéia, o casamento de Canaã , sugere que Jesus e sua mãe eram membros de uma casta. Se Jesus era Rabino, era casado; se era casado, seria muito estranho que não pudesse Ter filhos.

Se Jesus era um aristocrata, e se ele foi casado com Madalena, é provável que ela fosse de situação social comparável. E, realmente, parecia ser. Entre suas amigas, estava a esposa de um importante oficial de Herodes.

Nos documentos do Monastério do Sinai, Jerusalém - a Cidade Santa e capital da Judéia - tinha sido originariamente propriedade da tribo de Benjamim. Depois os benjamitas foram dizimados em uma guerra com as outras tribos de Israel, e muitos deles partiram para o exílio, embora alguns tenham permanecido. Um descendente desses remanescentes era Paulo, que afirma explicitamente ser um benjamita ( Romanos 11:1).

De acordo com todas as narrativas do NT, Jesus era da linha de Davi e, portanto, da tribo de Judá. Aos olhos dos benjamitas, que tiveram Saul deposto por Davi, isto pode tê-lo tornado um usurpador. Esta objeção poderia ser neutralizada se este fosse casado com uma mulher benjamita. Tal casamento teria constituído uma importante aliança dinástica, repleta de conseqüências políticas. Ela não só teria fornecido a Israel um poderoso rei-sacerdote, como também teria desempenhado a função simbólica de devolver a Jerusalém aos seus donos originais e legítimos. Tal homem teria sido realmente o "rei dos judeus".

Durante sua entrevista com Pilatos, Jesus é repetidamente chamado "rei dos judeus". Segundo o professor S.G.F. Brandon, da Universidade de Manchester, a inscrição afixada na cruz, deve ser considerada genuína - tanto quanto qualquer coisa no NT. Em primeiro lugar, ela figura, sem nenhuma variação, nos quatro Evangelhos. Em segundo lugar, trata-se de um episódio muito comprometedor, muito embaraçoso, para ser inventado.

No Evangelho de Marcos, Pilatos, após interrogar Jesus, pergunta aos seus dignitários reunidos (Marcos 15:12) "Pois que quereis que eu faça ao "rei dos judeus"?. Isto indicaria que, pelo menos alguns judeus se referiram a Jesus como um rei. Ao mesmo tempo, Pilatos confere este título a Jesus em todos os quatro Evangelhos. Não há razão para supor que ele o faz de forma pejorativa ou irônica. No quarto Evangelho, ele insiste nisso de forma bastante séria e reiterada, a despeito do coro de protestos. Além disso, nos Evangelhos sinópticos, o próprio Jesus reconhece sua pretensão ao título (Marcos 15:2) "E Pilatos lhe perguntou: "Tu é o rei dos judeus?" E ele lhe respondendo lhe disse: "Tu o dizes". Na tradução, esta resposta soa de forma deliberada. No original grego, no entanto, é interpretada como: "Tu falaste corretamente".

Os Evangelhos foram compostos para uma audiência greco-romana. Em conseqüência, era natural colocar os judeus no papel de vilões. Jesus não poderia ser retratado como uma figura política e o papel dos romanos no julgamento e execução de Jesus deveria ser limpada e apresentado de forma mais simpática possível. Assim, Pilatos é descrito nos Evangelhos como um homem responsável e tolerante, que reluta em consentir a crucificação.

Os Evangelhos informa que Jesus é inicialmente condenado pelo Sanhedrim (Sinédrio)- os conselhos dos anciãos judeus - que então o leva até Pilatos e pede ao procurador que se anuncie contra ele. Historicamente, isto não faz sentido. Nos três Evangelhos sinópticos, Jesus é preso e condenado pelo Sanhedrim na noite do festival dos judeus, mas pela lei mosaica, este conselho era proibido de se reunir durante o festival. (H. Cohn, Trial and Death of Jesus, p.97).

Nos Evangelhos, a prisão e o julgamento de Jesus ocorrem à noite, antes do conselho. Pela lei judaica, o conselho é proibido de se reunir à noite, em casas particulares ou em qualquer outro lugar fora dos recintos do Templo.

Nos Evangelhos, o conselho é aparentemente desautorizado a votar uma sentenças de morte - e esta seria a razão para levar Jesus ante Pilatos. Contudo, o conselho era autorizado a votar sentenças de morte - por apedrejamento, se não por crucificação. Desta forma, se o conselho tivesse desejado dispor de Jesus, ele teria autoridade para sentencia-lo à morte por apedrejamento. Não haveria necessidade de perturbar Pilatos.

(Brandon, Jesus and the Zealots, p.259., H.Cohn, Trial and Death of Jesus, p.166. e Winter, on the Trial of Jesus, p. 94)

Nota: Haim Cohn é um ex-procurador geral de Israel, membro da Suprema Corte e professor de História Jurídica.

Autoridades modernas concordam que tal política nunca existiu por parte dos romanos, e que a oferta para libertar Jesus ou Barrabás, é uma ficção.

Nem todos os judeus eram inocentes. Mesmo que a administração romana temesse um rei-sacerdote com pretensões ao trono, ela não teria condições de embarcar abertamente em atos de provocação que poderiam precipitar uma rebelião em escala total.

Mas mesmo que seja este o caso, permanece o fato de que Jesus foi vítima de uma administração romana, numa corte e sentença romana, com soldados e execução romana - uma execução, que na forma, era reservada exclusivamente aos inimigos de Roma. Jesus não foi crucificado por crimes contra o judaísmo, mas por crimes contra o Império Romano.

(Brandon, Jesus and the Zealots, p. 328., diz que toda pesquisa sobre o Jesus histórico deve começar pelo fato de sua execução pelos romanos por sedição. E que a tradição de considera-lo "rei dos judeus" deve ser aceita como autêntica. Os antigos cristãos não teriam inventado tal título, em vista de seu caráter embaraçoso.)

Nota: Observa-se que o judaísmo sempre cumpriu rigorosamente as leis mosaicas até os dias de hoje. É compreensível que, com tantas contradições culturais, os judeus ainda não tenham compreendido a missão de Jesus como Messias.

www.wodwig.co.cc/elijah11maquedes/merov.html 

GENEALOGIA SECRETA DE JESUS CRISTO

 
Muitas evidências foram apresentadas pelo Monastério do Sinai, através de seus documentos e representantes. Mas sabemos que Sinai possuem alguma prova de que Jesus foi casado e tivera filhos e que deixaram a Terra Santa na época de sua suposta morte. Encontraram refúgio no Sul da França e lá preservaram sua linhagem em uma comunidade judaica. Durante o século V esta linhagem parece Ter se misturado, via casamento, com a linhagem real dos francos, engendrando assim a dinastia merovíngia. Em 496d.C., a Igreja fez um pacto com essa dinastia, ligando-se perpetuamente à linhagem merovíngia - presumivelmente conhecendo a verdadeira identidade daquela estirpe. Isto explicaria a oferta recebida por Clóvis de se tornar imperador do Sacro Império Romano, o "novo Constantino", e seria a razão pela qual ele não foi feito rei, mas reconhecido como tal.

Ao corroborar o assassinato de Dagobert, e depois trair a linhagem merovíngia, a Igreja se tornou culpada de um crime que não podia ser racionalizado ou expurgado. Ele teria que ser suprimido, pois a descoberta da real identidade dos merovíngios não fortaleceria a posição de Roma diante de seus inimigos.

A despeito de todos os esforços para erradica-la, a linhagem merovíngia - sobreviveu, em parte, através dos carolíngios, que se sentiam mais culpados do que Roma pela usurpação e procuraram se legitimar através de alianças dinásticas com princesas merovíngias. Mas o mais importante é que a linhagem sobrevivei através do filho de Dagobert, Sigisbert, cujos descendentes incluíram Guillem de Gellone, governante do reino judeu de Septimania e, finalmente, de Godfroi de Bouillon. Com a captura da Jerusalém em 1099 por Godfroi, a linhagem de Jesus teria recapturado sua herança de direito, a ela conferida nos tempos do VT.

...Se nossa hipótese estiver correta, o cálice sagrado representava simultaneamente duas coisas: por um lado teria sido a linhagem sangüínea e os descendentes de Jesus - o "sang raal" ou "sangue real", do qual os templários foram nomeados guardiães. Ao mesmo tempo, o cálice teria sido o receptáculo que recebeu e conteve o sangue de Jesus. A partir disso, teria surgido o culto a Madalena, na forma como foi promulgado na Idade Média, e ele teria sido confundido com o culto à Virgem. Pode-se provar que muitas famosas Virgens Negras ( incluindo Nossa Senhora da Aparecida, no Brasil, estátua negra e padroeira do País, descoberto pelos Europeus na Idade Média) ou Madonas Negras, do início da era cristã, eram ícones de Madalena e não da Virgem - e eles retratam uma mãe com o filho.

Em 70 d.C., durante a grande revolta na Judea, as legiões romanas de Tito saquearam o Templo de Jerusalém. O tesouro pilhado do Templo teria ido parar finalmente nos Pirineus e o representante do Monastério do Sinai, afirmou que esse tesouro se encontrava nas mãos dessa sociedade secreta. Mas o templo de Jerusalém pode Ter contido mais do que o tesouro pilhado pelos centuriões de Titus. Religião e política eram inseparáveis no antigo judaísmo. O Messias devia ser um rei-sacerdote, cuja autoridade compreendia os domínios espiritual e secular. Assim, é possível que o Templo abrigasse registros oficiais sobre a linhagem real de Israel. Se Jesus era realmente o rei dos judeus,, o Templo. Certamente conteria informações copiosas relacionadas a ele. Poderia mesmo conter seu corpo, ou pelo menos o seu túmulo, uma vez que o seu corpo teria sido removido da tumba temporária dos evangelhos.

Qualquer sacerdote que estivesse ali, naquele momento no Templo, deixaria para eles o ouro, as jóias, o tesouro material que eles esperavam encontrar e esconderia, sob o Templo, os itens de maior importância, relacionados ao legítimo rei de Israel, o Messias e sua família real.

Por volta de 1100, os descendentes de Jesus teriam atingido proeminência na Europa e, através de Godfroi de Bouillon, na Palestina também. Conheciam sua própria genealogia e seus ancestrais mas não podiam, ou não queriam, prova-los ao mundo. Se fosse conhecido que essa prova existia, ou talvez existisse, no interior do Templo, todos os esforços teriam sido empreendidos no sentido de encontra-la. Isto poderia explicar o papel dos templários - que sob a proteção do mistério, realizaram escavações sob o Templo, nos chamados Estábulos de Salomão. A partir das evidências que examinamos, restam poucas dúvidas de que os templários foram de fato enviados à Terra Santa com o objetivo expresso de encontrar ou obter alguma coisa, tendo cumprido a missão. Eles parecem Ter encontrado e trazido para a Europa o que deviam procurar. O que aconteceu com o que encontraram, permanece um mistério. Mas parece que sob os auspícios de Bertrand de Blanchefort, quarto grão-mestre da Ordem do Templo, alguma coisa foi escondida nas vizinhanças de Rennes le Chatêau. Um contingente de mineiros germânicos foi importado, sob um forte esquema de segurança, para escavar e construir um local para oculta-la. Pode-se apenas especular sobre o que foi essa coisa. Pode Ter sido o corpo mumificado de Jesus. Pode Ter sido o equivalente da certidão de casamento de Jesus, e/ou as certidões de nascimentos de seus filhos. Pode Ter sido alguma coisa de importância explosiva. Um ou todos esses itens pode se relacionar ao cálice sagrado, e que podem Ter passado, por acidente ou não, para as mãos dos Cátaros e constituído parte do misterioso tesouro de Montségur.

Por circunstâncias desconhecidas, os merovíngios não conseguiram restabelecer, ao longo dos séculos , sua supremacia. No século XVI a casa Guise quase conseguiu o trono francês, no século XVII, a Fronda quase conseguiu manter Luís XIV fora do trono, suplantado por um representante da casa Lorraine. No final do século XIX, esquemas foram elaborados para um tipo de Santa Aliança, que teria unificado a Europa Católica - Áustria, França, Itália e Espanha - sob os Habsburgo. Estes planos foram desviados pelo comportamento agressivo da Alemanha e da Rússia, que provocou uma mudança constante de alianças entre os principais poderes e, finalmente, precipitou uma guerra que desestabilizou todas as dinastias continentais.

Foi no século XVIII que a linhagem merovíngia chegou mais perto da realização de suas metas. Em virtude de suas ligações, via casamento com os Habsburgo, a casa Lorraine havia conseguido o trono da Áustria, o Sacro Império Romano. Quando Maria Antonieta, filha de François de Lorraine, se tornou rainha da França, o trono da França também ficou à distância de apenas uma geração. Se não houvesse a Revolução Francesa, a casa Habsburgo - Lorraine poderia, pelos idos de 1800, Ter feito seu caminho na direção de estabelecer domínio sobre toda a Europa.

Parece claro que a Revolução Francesa foi um devastador banho de água fria nas esperanças e aspirações merovíngias. Os planos, cuidadosamente elaborados e implementados durante um século e meio (observa que Maria Leopoldina, arquiduquesa da Áustria era sobrinha de Maria Antonieta e Napoleão também foi casado com uma da mesma linhagem), foram subitamente reduzidos a cinzas em um único cataclisma. Referências contidas nos Documentos do Monastério mostram que, durante a turbulência da Revolução, Sinai perdeu muitos de seus preciosos registros e possivelmente outras informações também. Isso pode explicar a mudança de posição de grão-mestre da ordem, em direção a personagens culturais franceses que, como Nodier, tinham acesso a material de outras formas inacessível. Também pode explicar o papel de Sauniere. Às vésperas da revolução, seu predecessor, Antoine Bigou, havia ocultado, e possivelmente escrito, os pergaminhos codificados, partindo então para a Espanha, onde morreu logo depois. Assim, é possível que Sinai, pelo menos durante algum tempo, não soubesse precisamente onde estavam os pergaminhos. Mesmo que soubesse da sua localização na Igreja de Rennes le Chatêau, não poderiam obtê-los sem a ajuda de um padre simpatizante no local, um homem que agisse seguindo ordens, refreasse perguntas embaraçosas. Mantivesse silêncio e não interferisse nos interesses e atividades da ordem. Se os pergaminhos se referissem a alguma outra coisa - algo escondido nas vizinhanças de Rennes le Chatêau - tal homem seria ainda mais essencial.

Sauniere morreu sem revelar seu segredo, assim como a governanta , Marie Dernanaud. Durante os anos que se seguiram houve muitas escavações nos arredores de Rennes le Chatêau, mas nenhuma delas produziu alguma coisa. Se informações explosivas tivessem sido ocultadas nos arredores, elas teriam sido removidas quando a história de Sauniere começou a atrair a atenção de caçadores de tesouro e a mídia (a cidade passou a ser ponto turístico e Spilberg fez um filme de Indiana Jones sobre o cálice sagrado) à menos que essas informações tivessem sido ocultadas em algum depósito imune a caçadores de tesouros, em uma cripta subterrânea ou sob um lago artificial em propriedade privada. De fato, existe um lago artificial próximo de Rennes , nas proximidades de um local chamado Lavaldieu ( O vale de Deus)

trechos extraídos de Baigent, Leigh e Lincoln