domingo, 30 de outubro de 2011

JESUS CRISTO E MARIA MADALENA CRISOSTELAR

JESUS CRISTO
veio do vigésimo quinto universo Hipecro-Sistema-Imaterinoligado
foi trazido para a Terra pelas Naves Espaciais

CRISTO
fito-fixação das energias neural crisostelar,
origem no Astral Superior Crisostelar
espaços extrafísicos-espirituais-superiores Sexto Universo

Jesus Cristo e Maria Madalena são almas gêmeas, almas irmãs, fazem parte do mesmo ser, um é parte do outro, juntos foram criados, mas este "juntos", o homem ainda não pode compreender, pois faz parte de um tipo de vida crisostelar, ambos se completam.

Jesus Cristo não veio apenas na Terra, na terceira face terrestre. Ele veio em todo o Sistema Terrestre, em todas as faces paralelas da Terra, ensinar verdades universais, ensinou a todos os povos, nos diferentes mundos, nas diferentes faces da Terra, transmitiu conhecimentos superiores, diferentes em cada mundo, conforme a evolução e amadurecimento dos seus habitantes, porém iguais na sua mensagem divina de paz e amor. Maria Madalena e os Apóstolos vieram, igualmente, em todo Sistema Terrestre.

Jesus Cristo disse: "As Terras existem, os Céus existem; para chegar até aqui e para cumprir a minha missão, não poderia fazê-lo totalmente se não descesse a dois mundos consecutivos e abaixo que, na realidade, são três, pois o seu último estágio é a minha maior prova, a que tenho que passar e vencer, e isto farei em trinta e três anos de vida na Terra".

33 significa 3 + 3
espaços abaixo da sua existência na Terra e da existência terrestre

Ele viveu 33 anos que significa 3 existências abaixo da Terra, nas três faces
inferiores,e 3 existências acima da Terra, nas três faces superiores, ou seja,
a sua grandiosa missão se estendeu por todo o Sistema Terrestre, em
benefício das diferentes humanidades, para a elevação de toda a Vida.

Ele disse: "Vocês vivem ainda por um sistema de reencarnações sucessivas até ao amadurecimento do cérebro e o desvendar da verdade. Parte do escurecimento de vocês não sou Eu, parte da luz que vive em vocês é parte da Minha Luz".

Enquanto isso, no mundo superior mais próximo ao nosso, consecutivamente mais evoluído, Ele disse: "Não toquem os seus semelhantes. Vocês permanecerão aqui por um tempo somente. Aqui não existem reencarnações, não agravem o astral de cada um com as energias do outro. Logo Eu volto e os levarei para o Alto, para o quinto espaço. Lá vocês saberão que se separaram por parte, cada um do seu próprio ser, e que por parte não se tornaram conscientes".

O tempo terrestre é chamado, na linguagem extraterrestre, de um dia solar, um dia lunar, um dia terrestre. Jesus Cristo nos seus ensinamentos, fazia referência a essas realidades. "Muitos herdarão a Terra, a quarta face terrestre. Outros Eu levarei comigo até a quinta, outros até a sexta face terrestre. E outros ainda, Eu os farei colunas nos céus, colunas que reerguerão as nações". Jesus Cristo comanda também:

33 Telas Cósmicas existentes entre a Terra e o Sol
Telas Cósmicas planetárias

33 Telas Cósmicas existentes entre o Sol e a Terra
Telas Cósmicas Solares

Nelas existem verdadeiras cidades (cidades astrais-espirituais) implantadas através do Astral Terrestre. Uma destas chamadas cidades serve para as reencarnações sucessivas dos seres humanos na Terra, em que o espírito permanece por um período de tempo, no intervalo entre as vidas, aguardando por uma nova reencarnação.

A Terra e o Sol, portanto, estão interligados através de 33 telas cósmicas da Terra para o Sol (Telas Cósmicas Planetárias) e através de 33 telas cósmicas do Sol para a Terra (Telas Cósmicas Solares). Esta interligação através de Telas Cósmicas dá-se em todo o sistema, da Terra ao Sol, do Sol à Terra, do sistema astral terrestre até ao sistema de Alpha + Ômega, por onde também são contadas 33 telas maiores universais pelo astral central até ao astral da Terra, até ao astral solar. E deste sistema astral terrestre-solar-lunar até aos sóis de Alpha + Ômega por 33 telas espaciais astrais. Tudo isto significa também os 33 anos de vida de Cristo na Terra. Ele conquistou tudo o que existe, até o que está abaixo e acima da Terra, por 3 + 3 tempos espaciais e por 33 + 33 telas cósmicas espaciais.

Jesus Cristo disse
"Eu sou o Alpha e o Ômega, o Princípio e o Fim"

O significado de Alpha + Ômega, princípio e fim, quer dizer que tudo voltará as suas origens, como era antes da formação das cinco esferas paralelamente decaídas abaixo da sexta. Isso significa também que quando Ele esteve na sexta face terrestre, Ele se multiplicou, se dividiu, e assumiu os comandos de Alpha e Ômega, o Grande Sol Central, que se localiza no Sexto Universo, portanto ilumina a sexta face terrestre.

Jesus Cristo e Maria Madalena comandam o Firmamento Estelar Crisostelar (Sexto Espaço-tempo Celeste). Nste sexto espaço estelar, nesta evolução, todos são filhos crisostelares do Primeiro Filho do Criador, ou melhor, do Filho Primeiro, o Cristo.

Jesus Cristo e Maria Madalena dirigem o Sistema Central Universal de Alpha + Ômega, que se localiza no Sexto Universo, pois Ele sustenta e eleva o Firmamento para níveis superiores, pois Ele é o Filho Primeiro, o Cristo, dirigido pela Vontade mais alta do Pai.

Ele também disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim". Pelo caminho que Ele passou, todo homem terá que passar, para voltar às suas origens e ao seu próprio Ser Maior. Ele abriu um caminho solar ascendente para que todos pudessem voltar à Casa do Pai, o mundo solar, de luz, claridade e sabedoria.

Jesus Cristo e Maria Madalena serviram espiritualmente, energeticamente e fisicamente para o futuro da vida e da humanidade e para a reconstituição da vida humana atual existente nesse espaço-tempo, nesta face terrestre. Esta verdade ficou revelada através da seguinte cena: repartiu o pão e o vinho aos seus doze discípulos e disse: "Comam do meu corpo, bebam do meu sangue." Significa ainda que os seres humanos terão que viver do espírito e do corpo físico, mesmo que, num futuro, não venham mais a viver na Terra.

Quando Jesus Cristo nasceu, a estrela de Belém guiou os três Reis Magos até
Ele. É evidente que se tratava de uma Nave Espacial em operação.

Os primeiros habitantes da Terra são descendentes de Jesus Cristo e Maria Madalena. Esse povo representa a 13ª esferóide terrena, a raça que construiu a Terra, edificou todas as civilizações sobre ela e conhece todos, um por um.

http://www.crisostelar.com.br/

sábado, 15 de outubro de 2011

JESUS CRISTO OS CINCO SACRAMENTOS INTERNOS

Jesus, como todo hierofante, instituiu alguns rituais secretos, visando facilitar a expansão de consciência de seus discípulos. Além da menção da instituição do batismo e da eucaristia (Mt 26:26-28; Mc 14:22-25; Lc 22:14-20; Jo 6:52-59), um importante registro que temos desses rituais na Bíblia é a curta e enigmática menção do hino cantado por Jesus e seus discípulos: "Depois de terem cantado o hino, saíram para o monte das Oliveiras" (Mt 26:30 e Mc 14:26).

Esse ritual foi parcialmente preservado num documento apócrifo conhecido como Atos de João e, mais tarde, publicado como O Hino de Jesus. No rito do Hino, os discípulos aparecem num círculo, segurando as mãos uns dos outros. Jesus entoava invocações no centro da roda e seus discípulos respondiam "Amém", movendo-se em círculo.

O poder do Hino pode ser aquilatado por algumas estrofes: "Glória a Ti, Pai ! Glória a Ti, Verbo! Glória a Ti, Graça! Glória a Ti, Espírito! Glória a Ti, Sagrado Um! Glória a Tua Glória!" e o rito continuava com seu ritmo envolvente, conduzindo os participantes a elevados níveis de consciência. No Hino encontram-se declarações de caráter esotérico tal como: "E agora responde ao Meu dançar ! Veja a ti mesmo em Mim que falo; e vendo o que faço, guarda silêncio sobre os Meus Mistérios.". E uma afirmação que antecipa descobertas psicológicas de Jung nesse século: "Se tivesses sabido como sofrer, terias o poder de não sofrer. Conhece (pois) o sofrimento, e terás o poder de não sofrer."

Jesus encontrou Lázaro já sepultado havia quatro dias. Então, disse Marta a Jesus: "Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido". Jesus respondeu: "Teu irmão ressuscitará". Jesus mandou então que retirassem a pedra do sepulcro e gritou em voz alta: "Lázaro, vem para fora!" O morto saiu, com os pés e mãos enfaixados e com o rosto recoberto com um sudário.

Para aqueles familiarizados com os rituais esotéricos, esse aparente milagre é a forma alegórica de descrever o ofício de um elevado rito de mistério no qual o iniciado entra em transe por três dias. Ao fim do terceiro dia, o hierofante, nesse caso Jesus, usando palavras de poder, desperta-o de seu transe. Em outra passagem, Jesus refere-se a esse profundo mistério quando diz: "Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei" (Jo 2:19).

O fato da maior parte das referências aos mistérios de Jesus encontrarem-se nos evangelhos gnósticos não significa que os padres da igreja dos primeiros séculos desconhecessem os mistérios. Alguns eram até mesmo iniciados neles. Existem inúmeras referências veladas nas epístolas de Paulo, o grande iniciado, usando a linguagem técnica dos mistérios, como por exemplo: "Como bom arquiteto, lancei o fundamento, outro constrói por cima" (1 Co 3:10); "É realmente de sabedoria que falamos entre os perfeitos, sabedoria que não é deste mundo nem dos príncipes deste mundo, votados à destruição. Ensinamos a sabedoria de Deus, misteriosa e oculta, que Deus, antes dos séculos, de antemão destinou para a nossa glória" (1 Co 2:6-7).

Alguns discípulos de Valentino, na segunda metade do século II, diziam ter recebido dele os ensinamentos secretos de Paulo, os "mistérios profundos" que o apóstolo ministrava somente a uns poucos discípulos escolhidos, em segredo. Vale mencionar que, dentre os tópicos da "sabedoria de Deus, misteriosa e oculta," de que fala Paulo, encontram-se ensinamentos sobre a reencarnação. Esse era um conceito corrente, aceito por boa parte dos povos da época de Jesus, em especial pelos essênios, grupo a que Jesus pertencia. A Cabala, o ensinamento esotérico dos judeus, que Jesus dominava, pressupõe o conceito de mudança ou movimento da alma de um veículo para outro. É interessante notar que os fariseus aceitavam a reencarnação de uma forma curiosa, ou seja, que os justos voltavam à Terra assumindo outros corpos, para se aproximarem cada vez mais da perfeição, enquanto os iníquos não tinham a mesma oportunidade. O conceito de reencarnação era aceito entre os primeiros cristãos, até ser decretado em concílio como um conceito herético. Nesse sentido, diz-nos o bispo Leadbeater da Igreja Católica Liberal:

"Jerônimo fala da crença na passagem da alma de um corpo a outro como presente no início do cristianismo. Orígenes, o maior de todos os padres da Igreja, sustentava-a forte e claramente, e é significativo que afirmasse não tê-la tomado de Platão, mas que ela lhe fora ensinada por São Clemente de Alexandria que, por sua vez, aprendeu-a de Panteno, um discípulo de homens apostólicos. Assim, temos uma afirmação clara de que a doutrina da reencarnação veio dos próprios apóstolos. Era um dos Mistérios da Igreja primitiva ensinado somente àqueles que eram dignos, que tinham ingressado no círculo interno de sua organização e haviam comprovado ser membros bons e confiáveis, aptos a receber em confiança os ensinamentos internos."

Com relação aos sacramentos é dito no Evangelho de Felipe que Jesus instituiu cinco e não sete sacramentos: "O Senhor fez tudo num mistério, um batismo, uma crisma, uma eucaristia, uma redenção e uma câmara nupcial." A igreja romana manteve a mesma conotação iniciática para os três primeiros sacramentos em seus rituais. Assim, os sacramentos ministrados pela Igreja: batismo, crisma e eucaristia, ainda hoje, conferem certo grau de expansão de consciência a todos aqueles que os recebem no estado de espírito apropriado.

Os dois últimos sacramentos, no entanto, foram totalmente desvirtuados. O sacramento da redenção, conhecido na igreja primitiva como apolytrosis, a última etapa preparatória para o sacramento supremo da câmara nupcial, foi transformado na penitência, mais conhecida dos católicos como confissão. O significado original desse sacramento era a redenção da alma, quando o iniciado morria para o mundo e ressurgia liberto de todas as correntes de apego, inclusive da noção de um eu separado. A "ressurreição de Lázaro", mencionada anteriormente, parece ser uma alegoria desse sacramento.

No sacramento da câmara nupcial, os discípulos avançados alcançavam a iluminação quando a alma devidamente purificada, referida como virgem, unia-se ao supremo esposo, o Cristo interior. Esse sacramento, mencionado claramente na literatura gnóstica, especialmente no Evangelho de Felipe, também é referido na Bíblia, de forma mais velada, na parábola do banquete nupcial (Mt 22:1-14) e na parábola das dez virgens (Mt 25:1-13). Esse sacramento também pode ser conferido internamente, como parece ocorrer com os místicos que alcançam as alturas espirituais. Jan van Ruysbroeck, um dos maiores místicos católicos, escreveu, no século XIV, em Adornos do Casamento Espiritual, que Cristo é nosso noivo e Ele nos convida a vir a Ele.

A igreja transformou esse elevado sacramento esotérico na cerimônia externa do matrimônio. Assim, as palavras de Jesus: "o que ligares na terra será ligado nos céus" (Mt 16:19), que se referia ao ritual esotérico de união em consciência da alma com o Espírito, foram usadas de forma indevida para o ritual exotérico da união matrimonial, criando um sofrimento desnecessário a milhões de casais, ao longo dos séculos, pois, quando se separavam, eram perseguidos pelo sentimento de culpa de estarem infringindo uma lei divina.

Os cinco sacramentos internos de Jesus apresentam um estreito paralelo com os cinco estágios da vida mística e com as cinco grandes iniciações. Os discípulos só recebiam os sacramentos depois de um extenso trabalho preparatório, pois um sacramento eqüivale a um aporte energético de alta voltagem, que só podia ser recebido com segurança quando os veículos do postulante estivessem devidamente purificados.

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domingo, 9 de outubro de 2011

LORD MELQUISEDEC MONARCA UNIVERSAL


Há uma antiga tradição que afirma a existência de uma igreja secreta, cujo sacerdócio se revela de ciclo em cicio e de acordo com a necessidade da época. Traz ela um conhecimento próprio para cada raça ou povo por uma forma particular, mais favorável, mais acessível para o cumprimento e restabelecimento da Lei, do propósito Divino, através do Itinerário do 10 (marcha evolucional da Mõnada). A tal conhecimento, a tradição de todos os povos relaciona o Espirito de Verdade, como manifestação de um Centro Imperecível, consagrado pelos orientais sob os nomes de Agartha, Asgardhi, Erdemi, ou Salem. (Shamballah e a "Ilha imperecível que nenhum cataclismo pode destruir").

Todo ser iluminado, avataricamente ou por iniciação, desde que esteja de posse do conhecimento de certos mistérios, faz parte do Culto que tem o nome de Igreja de Melki-Tsedek, que esta acima de tôdas as manifestações religiosas. Tal culto sempre existiu, como ciência divina e a mais preciosa de tôdas as religiões, porque verdadeiramente torna a ligar o homem a Deus, sem necessidade de sacerdote nem de outro qualquer intermediário. "Busca dentro de ti mesmo o que procuras fora", e velha sentença oriental. E o próprio Jesus dizia: "Faze por ti que Eu te ajudarei".

Fraternidade Universal, Culto, Sacerdócio ou Igreja de Melki-Tsedek, sua origem procede dos meados da terceira raça mãe, a Lemuriana, que foi dirigida pelos planetas sagrados Venus e Marte, alegorizando mãe e filho respectivamen-te e que se objetivou sob a égide do planeta Mercúrio, representando o Pai, numa esposa em que a humanidade, que até então se manifestava no androginismo inconsciente das primeiras raças, começou a ser digna desse nome, ou melhor, dividiu-se em dois sexos, formando logo a seguir, nos seus meados, a Grande Hierarquia Oculta que, conhecendo a origem do mistério do androginismo, prepara a evolução da Mônada para o androginismo consciente com que terminara a presente Ronda.

Com o decorrer dos tempos recebeu tal culto o nome de Sudha-Dharma-Man-dalan, na antiga Aryavartha — nossa Mãe Índia — mas, para todos os efeitos, Excelsa Fraternidade, quer na razão de sua própria existência, por ser composta dos Verdadeiros Guias ou Instrutores Espirituais da Humanidade.

Durante a quarta raça mãe — a Atlante — que teve sob o signo de Saturno e Lua (verde e violeta), o Sacerdócio de Melki-Tsedek, que então era exercido na oitava cidade atlante — a Shamballah dos teósofos ou a Jerusalém Celeste dos verdadeiros cristãos — teve que enfrentar o magno problema da grande queda no sexo, ou seja, a "união entre os deuses e as filhas dos homens", fenômeno reconhecido pela Igreja por ser citado no Gênesis, diferindo apenas na tradição oriental o nome "devas" para o de "anjos" na tradição ocidental.

Sim, todas as tradições de valor no mundo se originaram de uma Fonte Única e imperecível, que foi expressa na linguagem hierática de todos os tempos por Aquela misteriosa Terra chamada Agartha (ou mesmo Shamballah). Os povos se ligam, de uma forma ou de outra, através de suas tradições. de seus símbolos, mitos e lendas, a este Centro, e a razão de conservarem a mesma unidade e que descendem de uma Fonte Única. Na fase aurea dos ciclos evolutivos de cultura de cada povo ou da própria Humanidade, ela se encontra sob os influxos e direção das essências radiosas desse Centro. As Ordens mistico-religiosas de valor humano foram representações na terra da simbologia agarthina ou de Salem. (Agartha traz o nome oculto de Belovedye, que quer dizer Bela Aurora, Eterna Luz etc. Um dos Cavaleiros da Tavola Redonda tinha tal nome).

Alguns dirigentes — os que realmente orientam os homens no sentido de sua verdadeira evolução — são representantes diretos ou indiretos desse Centro e cuja manifestação se processa através do Tulkuismo, fenômeno milenarmente conhecido das tradições orientais. Tais dirigentes são expressões do Rei do Mundo, o Monarca Universal, conhecido pelo nome de Melki-Tsedek e esotericamente com o nome de Rygden-Djyepo (palavra tibetana de origem agarthina, com o significado de "Rei dos Jivas" ou dos seres da Terra), tendo por Colunas: Polydorus Isurenos e Mama Sahib, personificações da Sabedoria e da Justiça. É Ele o verdadeiro Ministro do Eterno organizador das instituições e constituições humanas, de todas as civilizações. É o Senhor Supremo das Ordens Secretas de âmbito divino na face da Terra.

Melki-Tsedek é o fulcro de toda a evolução em nosso globo. É o sentido da própria Lei, das Verdades ou da Ideação Divina posta por Ele em atividade através dos aspectos de Transformação, Superação e Metástase Avatárica. Dai ser a "manifestação" Ideoplastica do Homem Cósmico, isto e, "sem pai, nem mãe, sem genealogia, que não tem principio de dias, nem, fim de vida" (Heb. 7-III). Por que não dizer que é Ele o Pai-Mãe de todas as coisas, o Senhor do Segundo Trono ou do Akasha, o Adam-Kadmon — o Homem Cósmico, o Logos ou o Verbo manifestado na Terra? Por acaso Devavani (Voz Divina)... não é tambem um de seus nomes?

Representa a Sabedoria e a Justiça Divina — como tal, Monarca Universal, "Rei de Salem (ou da Agartha) e Sacerdote do Deus Altíssimo". Como Senhor do Verbo ou da Palavra Perdida. . . Dele emanam as verdades cíclicas, nas expressões dos Avataras, Budas, Bodhi-satwas, Manus etc. Dai ser Ele o Bija dos Avataras, a "Arvore dos Kumaras no segundo Trono", a semente de todos os salvadores ou redentores que o mundo conheceu ou virá a conhecer. Tudo e Dele e está Nele. 0 nome Melki-Tsedek refere-se ao mesmo Rei do Mundo, figurando também na tradição judaico-cristã. 0 Sacrifício de Melki-Tsedek (o pão e o vinho etc.) deve ser olhado como uma prefiguração da Eucaristia. E o próprio sacerdócio cristão se identifica, em principio, ao culto de Melki-Tsedek, conforme palavras do Salmo ao Cristo: Tu es sacerdos in aeternum secundum ordinem melquisedec (Salmos. 110-4).

" Melki-Tsedek, "rei de Salem e Sacerdote do Altissimo", tambem chamado de Rei do Mundo por possuir os dois poderes: o temporal, como Rei e o espiritual como Sacerdote. Nas varias tradições religiosas do mundo, Ele é apontado com muitos outros nomes: no Tibete, como Akdorge, do mesmo modo que na India; enquanto que na Mongólia exterior e chamado Senhor de Erdemi. Mas, na verdade esotérica, chamemo-la de Teosofia, tem o nome de "Bija ou Semente dos Avataras", razão pela qual o próprio Jesus Ihe prestava homenagens e Abraão Ihe pagou dízimos (como impostos cármicos da Lei), prova de que tanto Jesus, como Abraão e Moises d'Ele se "derivavam"

Melki-Tsedek, o Rei de Salem, Sacerdote do Altíssimo, contemporâneo de Abraão, Rei da Justiça e da Paz (Sao Paulo, Epistola aos Hebreus, VII, 1-2). É uma das Entidades mais sublimes e elevadas da Hierarquia dos Planos Superiores. É o Sol do Mundo Subterrâneo! "Feito semelhante ao Filho de Deus, não teve genealogia, sem pai e sem mãe" (Hebreus, VII, 3), foi auto-criado, uma possante Manifestação do Pensamento de Deus na Terra, ou antes, foi a Antropomorfização da própria Lei, embora não seja Deus. Não nasceu "segundo o mandamento da carne, mas segundo a virtude da vida imortal (Hebreus, VII, 26). É uma elevadíssima Entidade, oriunda de desconhecidos sistemas solares, com biliões e biliões de anos de existência e de experiências, Melki-Tsedek foi, na Terra, um produto da geração espontânea. É uma esplendorosa Consciência Cósmica. Tão grande e elevada a sua evolução e perfeição moral, espiritual e intelectual que o próprio Cristo, o Mestre dos Mestres, esteve filiado a sua Ordem, como Supremo Sacerdote e Pontífice, segundo se lê na Epistola de São Paulo aos Hebreus, capítulos seis e sete. É Melki-Tsedek, conjuntamente com o grande e sublime Jesus e os Mestres Moria, Koot-Humi e Maitreia, o futuro Instrutor da era de Aquario — quem sutilmente dirige e orienta toda a evolução do globo terrestre e os grandes movimentos po-liticos, sociais, econômicos, culturais, científicos, religiosos, artísticos e meta-físicos do Planeta. Melki-Tsedek é o grande Rei do Governo Oculto e Espiritual do nosso Mundo e o Espirito Santo o seu Embaixador de Luz no Plano profano dos vivos assim como Deus é o de todo o Universo".

Melki-Tsedek é então rei e sacerdote e, conjuntamente, o seu nome significa "rel de justiça", sendo ele ao mesmo tempo Rei de Salem, isto é, da "Paz". Ora, "Justica" e "Paz" são precisamente os dois atributos fundamentais do "Rei do Mundo". Devemos salientar que a palavra Salem, contrariamente ao que possa parecer, nunca designou em realidade uma cidade, mas que, tomada pelo nome simbólico da região onde residia ou reside Melki-Tsedek, pode ser equivalente do termo "Agartha".

Agartha é o celeiro das civilizações passadas, lugar composto de sete cidades, cada uma delas representando uma raça, uma civilização passada, um estado de consciência já vencido pela Monada. Homens de imenso valor em matéria de Sabedoria e santidade, acompanham, debaixo, os mais evoluidos da Terra, porém... de comum acôrdo com os Guias da Face da Terra.

Agartha, "Arca ou Barca" é o lugar para onde o Manu Noé conduziu seu Povo ou Família, e os casais de animais a que se refere a própria Bíblia, porém, com a interpretação errônea de que o termo "família" fosse apenas dos seus parentes. Noé, lido anagramaticamente, dá o Éon grego, que tem como significado: "A manifestação da Divindade na Terra", nesse caso, um Manu, um Avatar, etc."

As tradições, tanto do Oriente como do Ocidente, estão repletas de "promessas"; os ciclos, as idades se passaram, e jamais elas deixaram de ser cumpridas. Estamos em vésperas de "Manifestação do Avatar sob o signo de Aquário". 0 de Jesus foi o de "Piscis". É quando os Manus, por sua vez, grandes ou pequenos, conduzem seu povo à Terra (por Lei) prometida.  0 Manu, o portador do Verbo Solar, por ser a sua própria manifestação na Terra.

Melchizedek não é o nome de um indivíduo que viveu na Terra, como muitos podem presumir. Ele é o nome do sacerdócio cósmico que existe por todas as dimensões, em todo planeta sagrado.

Em dias antigos, templos de Melchizedek eram fixados com a finalidade de se dedicar aos ensinamentos iniciáticos espirituais e para ajudar os irmãos e irmãs na sua liberdade.  

Todos os Mestres Ascensos e Gurus pertencem à Ordem de Melchizedek. Não importa que ideologia ou religião, todo santo, sábio, guru e mestre tem que passar pelas iniciações de Melchizedek, que pode ser em um templo ou nos planos internos. Até mesmo hoje, muitos sacerdócios secretos continuam e mantêm as leis cósmicas, para a sua própria visão interna e seu propósito sagrado.

O poder de Melchizedek permanece nos retiros etéricos e nas cidades subterrâneas, nutrido e guardado até o tempo em que os templos exteriores possam ser restabelecidos novamente.

O tempo para que a Ordem de Melchizedek reapareça é AGORA!

Quando cada um de nós reconhece sua missão e reforma seu poder pessoal, isto se torna uma realidade que irá tocar todo canto do Globo, alcançando todos os aspectos da sociedade planetária. 

Os que servem a Melchizedek serão um bálsamo curativo a toda humanidade.  Se nós procurarmos em nossos corações, será fácil lembrar da vida na qual servimos nos templos das grandes civilizações ( agora passadas ), vida esta dedicada a alcançar o potencial humano de se transformar de Humano em Divino. Escolhendo ser iniciado, conscientemente, nos vários níveis de Melchizedek, nós damos o primeiro passo para devolver àquele estado de ser.

Em todos os aspectos, a Ordem de Melchizedek segue as diretrizes da geometria sagrada. O número doze é o número principal dentro da geometria sagrada. Assim, de acordo com este formato, há doze domínios de iniciação em Melchizedek. E, dentro desses doze domínios, há doze níveis que compõem um domínio. Cada nível leva a certos testes de iniciações para crescimento pessoal, que se relaciona a um domínio específico. Atravessar e completar um domínio pode levar alguns anos em estudos e crescimento interno. Quando você completar todos os doze domínios com os respectivos doze níveis, você será um Mestre!  A partir de 1994, o primeiro domínio com todos os seus doze níveis e os primeiros três níveis do segundo domínio estão abertos a nós.

Melchizedek conduzirá toda nação, raça e religião para um melhor amanhã e ao nascimento da " Idade Dourada do Homem ".

http://www.eusouluz.iet.pro.br/

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

JESUS CRISTO APRENDEU A LINGUAGEM DOS MAIAS, CHAMADA NAGA

Os Maias são os mais purificados dos povos seletos, e representam a própria cultura atlânte.  Seus conhecimentos se espalharam para todo o mundo e o próprio Mestre Jesus dos 13 aos 30 anos quando visitou os templos sagrados do Tibete aprendeu a linguagem dos Maias chamada NAGA, que era falada naqueles tempos. Suas terras se chamavam MAYAB, que quer dizer TERRA DOS ESCOLHIDOS.

“Em pleno Egito encontra-se pirâmides Maias. Existe plena documentação de que o Mestre Jesus aprendeu o Maia no Tibete. Lá falava-se Maia. Prova disto temos na frase pronunciada no Golgotá, é uma frase maia que os judeus não entenderam porque não falavam Maia: ‘ELI LAMAH ZABACTANI’. Diziam dela os judeus: ‘A Elias chama para ver se vem salvá-lo’. Como iam entender? Em rigoroso Maia, ELI LAMAH ZABACTANI significa ‘OCULTO-ME NO AMANHECER DA TUA PRESENÇA’.
“Estabeleceu-se que a ciência religiosa conhecida por Jesus O Cristo, no Egito, na Índia e no Tibete era Maia. Existiu um profundo ocultismo Maia conhecido, sem dúvida, por Cristo, que escolheu seus símbolos (Maias) como sustentação de suas idéias de amor fecundo. Não pode ser casualidade que haja escolhido a cruz Maia. A trindade, os doze apóstolos e muitos e muitos outros símbolos para sustentar o imenso sentido científico de seus ensinamentos.

A gloriosa civilização Maia é extraordinária, e em segredo continuam vivendo na quarta dimensão ou quarta coordenada com toda a sua sabedoria... Os iniciados autênticos que desenvolverem a mente objetiva, compreenderão com clareza a grande mensagem dos maias para nossa atual era de aquário.


Abraço fraterno seu instrutor

http://www.pistissophiah.org/

JESUS CRISTO O CAMARADA VESTIDO DE BRANCO

Ainda que pareça incrível, o Adorável Salvador do Mundo esteve trabalhando como enfermeiro nos campos de batalha, durante a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais.

Vamos transcreber o comovedor relato de dom Mario Roso de Luna, o insigne escritor teosófico. Este relato o encontramos no Livro dos Jinas:

"Estranhas narrações ligavam a nós nas trincheiras. Ao longo da linha de 300 milhas que há desde a Suíça até o mar, corriam certos rumores, cuja origem e veracidade nós ignorávamos. Iam e vinham com rapidez, e recordo o momento em que meu companheiro Jorge Casay, dirigindo-me uma mirada estranha com seus olhos azuis, perguntou-me se eu havia visto ao "amigo dos feridos" e então me explicou o que sabia a respeito do particular.

Disse-me que, depois de muitos violentos combates, havia visto um homem vestido de branco inclinando-se sobre os feridos. As balas se acercavam dele, as granadas caíam a seu redor, porém nada tinha poder para tocá-lo. Ele era um herói superior a todos os heróis, ou algo mais grande todavia.

Este misterioso personagem, a quem os franceses chamavam "o Camarada Vestido de Branco", parecia estar em todas as partes: em Nancy, em Argona, em Soissons, em Iprés... onde quer que houvesse homens falando, ali ele era mencionado.

Alguns, sem embargo, sorriam dizendo que as trincheiras faziam efeito nos nervos dos homens. Eu com freqüência era descuidado em minha conversação, exclamava que para crer tinha que ver, e que necessitava da ajuda de um machado germânico que me fizesse cair por terra, ferido.

Ao dia seguinte os acontecimentos se sucederam, com grande vivacidade neste pedaço do front. Nossos grandes canhões rugiram desde o amanhecer até a noite, e começaram de novo pela manhã. Ao meio-dia recebemos ordem de tomar as trincheiras de nosso front. Essas se achavam a 200 jardas de nós e nem bem havíamos partido, compreendemos que nossos grosso canhões haviam falhado na preparação.

Necesitava-se de um coração de aço para marchar adiante, porém nenhum homem vacilou. Havíamos avançado 150 jardas quando compreendemos que íamos mal. Nosso capitão nos ordenou escondermos, então precisamente fui ferido em ambas as pernas. Por misericórdia divina caí dentro de um poço.

Suponho que desmaiei, porque quando abri os olhos me encontrei só. Minha dor era horrível; porém não me atrevi a mover-me para que os alemães não me vissem, pois estava a 50 jardas de distância, e não esperava a que se apiedassem de mim. Senti alegria quando começou a anoitecer.

Havia junto de mim alguns homens que estavam passando perigo na escuridão, se tivesse pensado que um camarada estava vivo ainda. Caiu a noite e prontamente ouvi umas passadas não furtivas, senão firmes e bem respousadas, como se nem a obscuridão nem nada pudessem alterar o sossego daqueles pés.

Tão distante estava eu de suspeitar quem fosse o que se aproximava de mim, ainda que percebi a claridade de algo branco na obscuridade, pensei que era alguma pessoa usando uma simples camisa branca, e até me ocorreu ser uma mulher demente.

Mais de improviso, com um ligeiro estremecimento, que não sei se foi de alegria ou terror, caí em conta que se tratava do "Camarada Vestido de Branco", e naquele mesmo instante os fuzis alemães começaram a disparar as balas, e elas tão-somente erravam o alvo branco, pois Ele levantou seus braços como em súplica e, logo os retraiu, ficando como uma dessas cruzes que tão freqüentemente se vêem nas encruzilhadas das estradas francesas. Então falou. Suas palavras me pareciam familiares, porém tudo o que eu recordo foi a princípio: "Sim, tu tens conhecido". "E o Fim." "Porém eles estão ocultos a teus olhos."

Então, inclinou-se, colheu-me em seus braços [a mim, que sou o homem mais corpulento do regimento], e me transportou como a uma criança. Suponho que adormeci, porque quando despertei, este sentimento havia-se dissipado. Eu era um homem e desejava saber o que podia fazer por meu amigo para ajudá-lo e servi-lo.

Ele estava mirando em direção ao crepúsculo, e suas mãos estavam juntas, como se orasse, e então vi que Ele também estava ferido. Acreditei ver como uma ferida desgarrada em sua mão, e conforme orava, formou-se uma gota de sangue que caiu na terra. Lancei um grito sem poder remediar, porque aquela ferida me pareceu mais horrorosa que as que eu havia visto nesta amarga guerra.

"Estais ferido também", disse eu com timidez, quiçá me ouviu, quiçá o adivinhou em meu semblante, porém contestou gentilmente: "Esta é uma antiga ferida, porém tem me incomodado faz pouco tempo". E, então, notei com pena, que a mesma cruel marca aparecia em seu pé.

Vou causar admiração que eu não tivesse me dado conta antes. Eu mesmo me admirei. Porém, quando eu vi seu pé, o conheci: "O Cristo Vivo!" Eu havia ouvido do Capelão umas semanas antes, porém agora compreendi que Ele havia vindo para mim, para mim que o havia distanciado de minha vida na ardente febre de minha juventude.

Eu ansiava falar-lhe e dar-lhe as graças, porém me faltavam as palavras e então Ele se levantou e me disse: "Fica hoje ao lado da água. Eu virei a ti amanhã. Tenho algum trabalho para que faças por mim". Em um momento marchou. E enquanto o espero, escrevo para não perder a memória dele. Sinto-me débil e só, e minha dor aumenta. Porém, tenho sua promessa, eu sei que Ele virá amanhã por mim.

Samael Aun Weor
Mensagem de Aquário
http://www.esoterikha.com/

terça-feira, 16 de agosto de 2011

PISTIS SOPHIA INTRODUÇÃO


Por mais de dois séculos Pistis Sophia (PS) frustrou as tentativas de pesquisadores e estudantes da tradição esotérica de entender a importante mensagem que se acreditava oculta neste texto. Afinal, o livro pretende conter instruções esotéricas ministradas por Jesus a seus discípulos, após ressuscitar. Alguns estudiosos, como Jean Dorese, não conseguiram esconder sua frustração ante a linguagem impenetrável de seu simbolismo. Outros sugeriram somente descrições genéricas do texto, sem se aventurar em análises ou comentários hermenêuticos.

Mas as tentativas de interpretação do texto prosseguiram. Jan van Rijckenborgh, um líder da Rosacruz Áurea muito influente da Holanda, morreu em 1968 sem completar sua obra com o título de Lês Mysteres Gnostiques de la Pistis Sophia, em que são apresentadas muitas percepções interessantes sobre o texto. O rabino israelense Jodachay Bilbakh apresentou a seus estudantes um texto chamado O Evangelho de Pistis Sophia, que foi traduzido do hebraico e circulado entre os membros da Fraternidade Jessênia no Brasil, em 2001, com comentários baseados principalmente na cabala.

Um livro de peso foi publicado por J. J. Hurtak e Desiré Hurtak, com mais de 900 páginas, em 1999, com o título de PISTIS SOPHIA, A Coptic Gnostic Text With Commentary, mais tarde traduzido para o português. Hurtak parece ter recebido muita inspiração, pois no início da década de setenta, afirmou ter recebido em seu quarto um ser de luz que anunciou ser o Mestre Ofanim Enoch, que o levou aos céus, passando por diferentes regiões, a começar pelas estrelas Mérak e Muscida, depois pela estação intermediária de Arcturus, um paraíso superior de Luz conhecido como o sétimo céu, pela região de Saiph no campo estelar de Orionis, quando se deparou com um ser de luz chamado Metatron, que finalmente levou-o ao Pai Divino. Perante o Trono do Pai foram-lhe feitas muitas revelações, inclusive sua razão de viver para exaltar o Pai, o que lhe levou a preparar, entre outros trabalhos, a obra O Livro do Conhecimento: AS CHAVES DE ENOCH.

Outro autor igualmente singular é conhecido por seus discípulos como o Avatar da Era de Aquário, Samael Aun Weor, (SAW) que nasceu na Colômbia (1917-1977). SAW produziu, entre outras obras, PISTIS SOPHIA DEVELADA (em espanhol). A interpretação do texto é baseada no suposto uso por Jesus de magia sexual, que ele teria ensinado a seus discípulos. A natureza da obra pode ser inferida pelas seguintes palavras encontradas na apresentação do texto: “Nós, os quarenta e dois Juízes do Karma, reunidos em Conselho pleno, com a devida autorização da Hierarquia, e com pleno poder sobre a vida e a morte dos seres humanos deste planeta, entregamos a presente Obra: A Pistis Sophia, desvelada pelo Venerável Mestre da Fraternidade Branca, Samael Aun Weor.”

Um trabalho bem mais modesto foi preparado pelo presente autor, em seu livro PISTIS SOPHIA, Os Mistérios de Jesus, publicado em 1997, com sugestões de interpretação do texto e um resumo de sua cosmologia, utilizando como sua fundamentação anotações pouco conhecidas mas muito inspiradoras de Blavatsky.

O documento, originalmente escrito em grego e tido como perdido, foi guardado pela Providência Divina numa tradução para o copto, o dialeto sahidico do sul do Egito. A versão copta foi provavelmente escrita entre os séculos III e IV de nossa era. O códice foi levado para a Inglaterra cerca de 1772, adquirido por um médico colecionador de manuscritos antigos, o Dr. Askew, e mais tarde vendido ao Museu Britânico.

O texto completo foi traduzido para o latim por volta de meados do século XIX, por M.G. Schwartze5, mas só a partir do final do século XIX foi traduzido para línguas européias modernas (francês, alemão e inglês). As melhores versões para o inglês foram produzidas por G.R.S. Mead6 e Violet MacDermot.

O texto é dividido em três cenários principais. No primeiro, Jesus está com seus discípulos, após sua ressurreição, no Monte das Oliveiras e, depois de algum tempo, em meio a trovões e relâmpagos, é elevado ao alto em meio de uma intensa luz ofuscante. É reiterado que sua gloriosa ascensão ao alto ocorreu na data da lua cheia de Thebet, isto é, na lua cheia de maio, conhecida como o período do ano mais favorável para contatos interiores e iniciações esotéricas, tais como o Festival de Wesak. Depois de trinta horas, Jesus retorna, envolto em três vestes de luz, com um brilho mais intenso do que quando ele havia ascendido. Em aparente confirmação da alta iniciação que lhe havia sido conferida, ele dirige-se aos discípulos, anunciando que, "A partir deste dia, vou falar-vos abertamente, desde o princípio da Verdade até o seu término (Plenitude); e vou falar, face a face, sem (usar) parábolas. A partir deste momento não vos esconderei nada do (mistério) do alto e do lugar da Verdade. Pois, autoridade me foi dada, por intermédio do Inefável e do Primeiro Mistério de todos os mistérios, para falar-vos, desde o Princípio até a Plenitude (Pleroma), tanto de dentro para fora como do exterior para o interior. Ouvi, portanto, para que vos possa dizer todas as coisas". (cap. 6).

Os dois outros cenários do texto são a narrativa da estória de Pistis Sophia e instruções adicionais aos discípulos na forma usual de diálogos. Uma imensa riqueza de informações é oferecida, incluindo a interpretação esotérica de diversas parábolas e ditados públicos de Jesus, bem como a natureza dos mistérios.

Este artigo restringe-se à parte intermediária da obra, o mito de Sophia, que é a revelação mais profunda feitas diretamente por Jesus sobre a peregrinação da alma, incluindo o processo de salvação ou, para usar a terminologia do texto, a libertação do caos.

Após seu retorno do Alto, Jesus descreve aos discípulos as hierarquias dos vários planos pelos quais passou a caminho do Alto. Essa extensa enumeração de entidades espirituais é, inicialmente, bastante confusa, pois em nenhuma parte do texto existe qualquer explicação dessa terminologia nem do sistema cosmológico a que essas entidades pertencem. O entendimento da cosmologia da obra tem sido o principal óbice para a interpretação do texto pelos estudiosos.

Jesus encontra Pistis Sophia abaixo do Décimo Terceiro Eon, seu lugar de origem. Ela estava sozinha sem seu par e seus irmãos, triste e chorosa devido aos tormentos que o Autocentrado11 lhe havia infligido com a ajuda de suas emanações e dos doze eons.

Pistis Sophia estava inicialmente no Décimo Terceiro Eon com seus vinte e três irmãos e irmãs. Quando ela viu a Luz do Alto no véu do Tesouro de Luz, começou a cantar louvores àquela luz.

As “metanoias” de Pistis Sophia são a chave para a sua salvação final; essa palavra grega geralmente traduzida como arrependimento, tinha o significado mais amplo de “mudança de mente” ou “transformação interior”. Nessas treze “transformações interiores”, seguidas por onze canções de louvor à luz, ela conta a sua estória e reitera sua fé na luz e o anseio de ser livre das aflições do caos e de voltar ao seu lugar de origem. Ela é libertada eventualmente do caos com ajuda de seu par, Jesus, agindo com a autoridade do Primeiro Mistério, com auxilio dos Arcanjos Gabriel e Miguel.

Em todas as tradições esotéricas, as mais importantes instruções internas são sempre transmitidas em linguagem simbólica, velando assim o sagrado aos olhos profanos, oferecendo com isso um método para desenvolver a intuição nos discípulos. Com raras exceções, os nomes usados em PS para caracterizar as diferentes entidades e planos não têm nenhuma conexão com a tradição judaica que a precedeu nem com a cristã que a sucedeu.

O simbolismo de Pistis Sophia é extremamente engenhoso em sua simplicidade. As entidades da estória representam os princípios do homem, revelando com isso o sistema psicológico subjacente aos ensinamentos de Jesus. Um nível adicional de simbolismo é introduzido no texto, através da gematria, ou seja, das correspondências numéricas das palavras [no original grego], com seus significados mais profundos.

Pistis Sophia representa a alma, ou mais especificamente, a parte da alma que encarna, a parte da mente concreta que é a unidade de consciência do homem. Seu nome é uma chave para seu papel: Pistis é a palavra grega para 'fé'. Não a fé cega, mas a fé que surge com a total convicção do conhecimento interior. Sophia é 'sabedoria' em grego. Assim, seu nome composto indica o princípio fundamental (fé na Luz do Alto - um aspecto de Deus) que a capacita a realizar sua missão, ou seja, o desenvolvimento da sabedoria em ambos os mundos (material e espiritual).

Seu par é Jesus, um símbolo para a alma espiritual do homem que permanece nas regiões do Alto, quando PS desce ao caos. Essa informação é de suma importância, porque expressa a separação de consciência entre a natureza inferior e a superior do homem. Ainda que em sua essência última o homem seja uno com seu Eu divino, o nível usual da consciência do homem não pode alcançar os planos espirituais, portanto, no mito, Pistis Sophia e Jesus são devidamente apresentados como entidades separadas.

O papel de Jesus na estória é uma das partes que oferece maior dificuldade para ao leitor, em virtude de nosso condicionamento mental com relação à posição de Jesus na ortodoxia cristã. No texto temos o termo 'Jesus' um momento representando o Mestre instruindo seus discípulos e, no momento seguinte, representando um dos três aspectos da natureza superior do homem: a mente concreta não conspurcada [o par de PS], a mente abstrata [o Salvador] e o princípio Búdico ou intuição, também chamado de Cristo interior [o Primeiro Mistério Voltado para Fora].

O sistema cosmológico de Pistis Sophia é apresentado no quadro a seguir. As principais entidades são mostradas em seus respectivos planos e regiões, juntamente com seus principais títulos.

Uma entidade pode ser ativa em seu próprio plano e nas regiões e planos abaixo deste. Assim, Pistis Sophia e o Autocentrado, cuja região de origem é o Décimo Terceiro Eon (Esquerda do Plano Psíquico) permanecem ativos no Plano Hílico justamente abaixo (o Plano Astral). O mesmo pode ser dito de Jesus agindo como o Primeiro Mistério Voltado para Fora, que exerce suas atividades em todos os três planos abaixo de sua região de origem.

O sistema cosmológico de Pistis Sophia torna-se uma fonte de esclarecimentos quando a terminologia é despida de seu mistério. Dois estágios são claramente indicados, o não-manifestado e a manifestação.

Quando o Inefável decide manifestar-se no processo de auto-expressão para realizar Seus propósitos, Ele projeta de Si mesmo toda uma série de entidades que são dispostas ao longo de cinco planos em ordem crescente de densidade. Esses planos poderiam ser chamados, de acordo com a linguagem moderna: Divino (Os Mistérios do Inefável), Espiritual (Tesouro de Luz), Mente Concreta (Plano Psíquico), Astral (Hílico) e Físico (Material). A característica inovadora da cosmologia de PS é que cada plano é dividido em três regiões: direita, meio e esquerda. A direita é sinônimo de superior e a esquerda de inferior. As entidades da direita têm a função de estabelecer os ideais ou arquétipos daquele plano, as do meio a função de manutenção ou sustentação, garantindo condições apropriadas e, finalmente, as da esquerda que estão engajadas na implementação das atividades estabelecidas para cada plano. Seus papéis poderiam ser descritos como de pai, mãe e filho ou, também, de semente, solo e fruto.

A Deidade Suprema não-manifesta não é chamada de Deus, mas simplesmente de Inefável, Aquele ou Aquilo sobre o Qual nada é conhecido e Que está infinitamente além de qualquer caracterização pelo homem. Dentro do Inefável, e como parte intrínseca de seu Ser, encontram-se os Membros do Inefável, transmitindo a idéia implícita de unidade, como ocorre com os membros de um homem, que são partes do ser humano, porém dotados de funções específicas. Entre os últimos membros do Inefável encontram-se os sem-pais ou não gerados, que correspondem às Mônadas, referidas na Vedanta e na Teosofia pelo termo sânscrito Anupadaka, que significa 'sem pais'.

A entidade mais elevada no Plano Divino é chamada de Mistério do Inefável, ou Logos. Ele é a Fonte de tudo o que existe, visível e invisível, o criador do arquétipo de todo o plano da manifestação. Imediatamente abaixo dele encontra-se o Primeiro Mistério, em seu duplo aspecto: Voltado para Dentro e Voltado para Fora. O Primeiro Mistério é o mistério da unidade, e seu aspecto Voltado para Dentro é Atma ou o Espírito, que abrange e interpenetra tudo o que existe. O Primeiro Mistério Voltado para Fora é o veículo de Atma, ou seja, Buddhi, também conhecido na tradição ocidental como o Cristo.

O plano abaixo é o Plano Espiritual, Pleroma ou Tesouro de Luz, que corresponde ao plano da mente superior ou abstrata. Ele corresponde ao conceito ortodoxo de Céu, onde as almas encontram sua bem-aventurança uma vez libertadas do caos. A entidade mais elevada deste plano é IEU, também referido pelos títulos de Supervisor da Luz e Primeiro Homem. Essa última expressão revela seu papel como Adão Kadmon, ou o Manu da Raça Humana12, que se encarnou para estabelecer o arquétipo da primeira raça humana.

Também na região da direita do plano espiritual encontra-se Melquisedec, o Manu da Quinta Raça [a atual], o Grande Recebedor da Luz. Vale mencionar que a Igreja Primitiva reverenciava a figura de Melquisedec como indicado na epístola aos Hebreus, onde é dito que Jesus foi 'feito sumo sacerdote para a eternidade, segundo a ordem de Melquisedec' (Hb 6:20). A caracterização dessa entidade na epístola é muito semelhante a que se encontra em PS: 'Este Melquisedec é, de fato, rei de Salém, sacerdote de Deus Altíssimo. Seu nome significa, em primeiro lugar, Rei de Justiça, e, depois, Rei de Salém, o que quer dizer Rei da Paz. Sem pai, sem mãe, sem genealogia, nem princípio de dias nem fim de vida!' (Hb 7:1-3).

Outra característica interessante da cosmologia de Pistis Sophia é que cada plano é um reflexo dos planos que lhe estão acima. Assim, as entidades da direita de cada plano agem como delegados do Logos, desabrochando o modelo fundamental, ou arquétipo, para seu próprio plano. O processo de manifestação segue este modelo, da ideação para a criação em cada plano subseqüente.

O mito é mais uma representação da jornada de retorno da alma à Casa do Pai. Pistis Sophia 'cai' de sua região original, perseguindo uma miragem, um reflexo da Luz do Alto percebido no plano inferior como um poder com cara de leão, que é o poder da matéria, ou seja, o egoísmo. Essa queda, devido a ignorância, foi seu 'pecado original', mas é dito que Pistis Sophia agiu assim sob o comando do Primeiro Mistério, ou seja, seguindo um impulso interior para obedecer o desígnio do Plano Divino, provavelmente com o objetivo de que o Espírito pudesse manifestar-se inteiramente através da matéria, que foi expresso na recomendação bíblica: 'deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito' (Mt 5:48).

Com algum esforço da imaginação podemos visualizar a unidade de consciência do homem aventurando-se do plano mental e lentamente sendo seduzida pelas vibrações totalmente novas das emoções e dos sentimentos, dos desejos e das paixões. À medida que Pistis Sophia consentia a essas vibrações ela se tornava cada vez mais emaranhada nesse novo nível vibratório e, com a repetição, tornava-se tão impregnada com elas que se estabelecia um condicionamento, ou tendência, mantendo-a virtualmente prisioneira do caos.

O texto deixa implícito que quando a unidade de consciência, Pistis Sophia, desce ao caos, isso significa que o homem encarna-se, ou seja, assume os veículos necessários para a manifestação no mundo material. Isso quer dizer que tanto no plano astral como no físico a alma é 'envolvida' por 'corpos' apropriados para o funcionamento naquele plano, como um homem colocando um escafandro para poder atuar no fundo do mar. Deve ser lembrado que as entidades da região do meio em cada plano têm a função maternal de prover as condições apropriadas e de nutrir. Assim, no plano astral, a Providência13 lega todas as tendências de outras vidas que oferecem inúmeras oportunidades para o indivíduo aprender todas as lições que ainda não foram aprendidas. No plano físico, a região do meio fornece um corpo físico ao indivíduo que é adequado para vivenciar o tipo de vida que o aguarda, resultado de seu carma.

É interessante notar que a estória de Sophia expressa a realidade como vista do Alto, isso é, de um ponto de vista espiritual. Assim, quando Pistis Sophia reclama que os regentes dos eons estão oprimindo-a, tentando tirar a sua luz, isso pode expressar o fato de que a personalidade experimentou uma vibração pesada, agressiva ou desagradável, como um ataque de raiva, um sentimento de ódio, disse uma mentira, etc. Mas uma 'opressão dos regentes' também pode significar, do ponto de vista da personalidade, experiências imoderadas de gratificação dos sentidos, que para o homem do mundo representam 'alegria de viver' ou 'diversão', mas que para a alma, vendo a realidade do ponto de vista da luz interior, representam uma aflição pela qual ela terá que pagar caro.

Temos aqui a representação clássica da luta entre as forças da escuridão e da luz. Pistis Sophia, a alma encarnante, procura ascender ao alto, mas tem que lutar a cada passo do caminho, desde a alvorada do tempo, contra as perigosas forças do mal e da escuridão, que não são forças exógenas atacando do exterior. Os inimigos do homem estão entrincheirados dentro de seu próprio castelo, ou seja, são suas próprias emoções, desejos e paixões sob o comando do Autocentrado, a personalidade egoísta, presunçosa e orgulhosa.

Pistis Sophia busca sua libertação com suas ‘metanóias’, geralmente referidas como 'arrependimentos', treze ao todo, seguidos por onze canções de louvor à luz. A palavra 'arrependimento' está no cerne da tradição cristã, porém, no original grego, metanóia, tinha o significado bem mais amplo de mudança na maneira de pensar, ou mudança no estado mental da pessoa, que tinha como uma de suas conseqüências o que hoje chamamos de arrependimento. Portanto, cada 'metanóia' no mito está indicando que o homem está passando por uma transformação mental que, por sua vez, se reflete em mudanças de atitudes, valores e comportamento. O Caminho, ou Senda, tão decantado em todas as tradições esotéricas, apesar de ter uma conotação de estrada física é, na verdade, esse processo de mudança interior. Esta verdade está por trás da declaração na Voz do Silêncio de que o homem não pode entrar no Caminho até que ele se torne o Caminho.

Essa chave para a evolução humana, a transformação da mente, está implícita na frase poética de João da Cruz, 'transcendendo a razão com meus pensamentos', e explícita na recomendação de Paulo aos romanos: 'E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando a vossa mente, a fim de poderdes discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, agradável e perfeito' (Rm 12:2). Como não poderia deixar de ser, a recomendação para transformar a mente é também o axioma central da doutrina budista.

A natureza esotérica dos ensinamentos de PS é constatada nesse enfoque fundamental para a salvação, ou seja, a mudança de dentro para fora, e não meramente a obediência a uma série de preceitos, como na tradição ortodoxa judaica de obediência aos 613 preceitos da Tora. Jesus torna este ponto bem claro em seus ensinamentos públicos quando diz: 'Com efeito, eu vos asseguro que se a vossa justiça não exceder a dos escribas e a dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus' (Mt 5:20). Em nenhuma parte do texto de Pistis Sophia encontramos Jesus pregando um código moral de comportamento. O que é dito e reiterado é que o homem deve renunciar a este mundo e transformar a sua mente se pretende buscar e receber os mistérios que lhe abrirão as portas da Herança da Luz.

Se por um lado as parábolas de Jesus e outros ensinamentos públicos atacam com freqüência a sabedoria convencional expressa como obediência à Lei Mosaica, parece haver uma clara intenção em Pistis Sophia de indicar que os ensinamentos de Jesus tinham um elo com a tradição dos Profetas, especialmente como expressa nos Salmos de Davi, nas Odes de Salomão e nas profecias de Isaias, pois estes são citados como 'interpretação' das metanóias e canções de louvor de PS.

As vinte e quatro ‘transformações da mente’ e invocações proferidas por Pistis Sophia são indicativas da natureza lenta do processo de mudança necessário para transformar um homem do mundo no 'estado de Homem Perfeito, a medida da estatura da plenitude de Cristo' (Ef 4:13). Cada mudança interior indica um estágio de renovação da mente no caminho espiritual.

Quando as metanóias e canções de louvor de Pistis Sophia são examinadas mais detidamente, nota-se alguns pontos críticos indicando mudanças fundamentais em sua situação, à medida que ela livra-se lentamente do caos. Essas mudanças fundamentais podem ser associadas às cinco grandes iniciações da tradição esotérica.

Os insistentes apelos de Pistis Sophia à Luz do Alto são finalmente ouvidos e, após seu sexto arrependimento, seu pecado de descer ao caos sozinha sem seu par é perdoado e Jesus, por sua própria conta (o poder da Mente), leva Pistis Sophia para 'uma região um pouco mais espaçosa no caos'. Este alívio relativo das opressões do caos parece uma indicação da Primeira Iniciação.

Quando os regentes percebem que Pistis Sophia não tinha sido retirada inteiramente do caos, retornam com esforços redobrados para afligi-la e, então, ela continuou a apresentar seus votos de mudança interior. Depois da nona metanóia, sua súplica pedindo ajuda à Luz foi parcialmente aceita e Jesus foi enviado pelo Primeiro Mistério (a mente pura reforçada pelo poder do Cristo interior) para ajudá-la a escapar secretamente do caos. A partir deste momento Pistis Sophia percebe Jesus como uma Luz brilhando intensamente, provavelmente uma indicação da abertura de sua visão espiritual, ou expansão de consciência devido à Segunda Iniciação.

Mas os desejos e as emoções provocados pelas coisas materiais continuam a ser sentidos, pois as emanações de Autocentrado e os poderes dos regentes mudam de forma à medida que o homem conquista as vibrações mais grosseiras. Depois da décima terceira metanóia, Jesus envia por sua própria conta [o poder da Mente], um poder de luz para ajudar a levá-la às regiões mais elevadas do caos. O processo iniciático continua com a décima quarta invocação, quando um poder de luz é enviado pelo Primeiro Mistério [o poder da pura luz de Cristo], e os dois poderes juntam-se tornando-se uma grande corrente de luz, formando uma coroa protetora de luz sobre a cabeça de Pistis Sophia. Esta parece uma descrição do glorioso estágio de iluminação alcançado com a Terceira Iniciação, um estágio em que períodos de consciência da unidade com Deus e com o Todo são alternados com a consciência de dualidade normal do mundo.

A partir de então, a alegria de Pistis Sophia torna-se o tema central de suas canções de louvor nas quais ela reitera sua determinação de permanecer firme e nunca mais se afastar da luz. Mas os poderes das trevas não desistem e novas emanações mais fortes do Autocentrado são enviadas para juntar-se às outras, que mudam de aparência, para oprimir Pistis Sophia e levá-la para o fundo do caos outra vez. Depois de sua décima sexta invocação suplicando pela ajuda que lhe havia sido prometida, ela é salva mais uma vez pela corrente de luz, com a ajuda dos Arcanjos Miguel e Gabriel. Jesus [o poder de Buddhi-Manas] também desce ao caos para ajudar Pistis Sophia e ele faz com que ela pise sobre a principal emanação malévola de Autocentrado, uma serpente com sete cabeças. Esse ritual simbólico parece uma indicação de que o processo de libertação está chegando a seu término. Pisar sobre a cabeça da serpente simboliza matar as sementes do mal no interior do homem, ou seja, a ilusão da separatividade.

Apesar de suas elevadas realizações, a alma ainda está sujeita às aflições dos poderes materiais sutis, e Pistis Sophia continua suas invocações. Jesus leva-a a uma região logo abaixo do décimo terceiro eon, seu lugar de origem, mas avisa-a que Autocentrado [a personalidade] está furioso com ela e que ele vai tentar um último ataque por meio de duas emanações trevosas e violentas para procurar levá-la de volta ao caos. Jesus deixa-a só, mas promete voltar para ajudá-la se ela se sentir oprimida e invocar sua ajuda. E, como havia sido indicado, as duas emanações trevosas e violentas [provavelmente a depressão e o desespero] atacam com toda sua força. Esta parece ser uma referência ao período chamado pelos místicos de Noite Escura da Alma15, em que o homem sente-se sozinho e abandonado por todos e por tudo, mergulhando num período de depressão que pode levar ao desespero, até que ele seja capaz de renunciar aos últimos liames que o prendem ao mundo, ou seja, seu sentimento de ser um "eu" separado, provavelmente uma referencia à Quarta Iniciação, que transforma o homem num Arhat.

Com a vigésima quarta invocação finalmente chega o momento de levar Pistis Sophia permanentemente para fora do caos de volta para o décimo terceiro eon. Pode parecer um anticlímax, um mero retorno a sua região de origem. Mas, neste momento, uma comovente surpresa aguarda o leitor. É dito que Pistis Sophia alcança sua liberação final no exato momento em que Jesus está no Monte das Oliveiras com seus discípulos no processo de ser elevado às alturas envolto em luz. Temos assim a indicação da Quinta Iniciação, tanto do ponto de vista da individualidade glorificada, Jesus, e da personalidade 'transformada' finalmente liberta da prisão do mundo. Naquele momento Pistis Sophia é finalmente reunida a seu par, Jesus, um paralelo com o sacramento da Câmara Nupcial mencionado no Evangelho de Filipe17 e a experiência dos grandes místicos no estágio final de Theosis, ou União com Deus.

Como a parábola do tesouro escondido no campo, o mito de Pistis Sophia está pronto para entregar a todo homem ou mulher que cultivar com afinco seu solo interior, um verdadeiro tesouro de ensinamentos esotéricos, escondidos ali pelo Mestre para benefício de seus discípulos de todos os tempos, e não somente para aqueles que o seguiram durante sua vida terrena na Palestina há dois mil anos atrás.

Parece que com o desvelar dos diferentes níveis de manifestação e das progressivas mudanças interiores, o livro está tentando despertar o homem para a realidade de sua origem divina e de sua missão na Terra. Ao longo da estória de Sophia e do restante do livro existem muitos ensinamentos que podem tocar a alma de cada leitor de uma maneira diferente. Neste senso o texto é mágico. Ele foi preparado para trabalhar em cada coração sincero que esta buscando com ardor e determinação as chaves para abrir as portas do Reino dos Céus.

Poderíamos concluir que Pistis Sophia, como todos as Escrituras Sagradas, é um mapa codificado que leva ao tesouro mais precioso ansiado pelo homem. Se pudermos interpretar os símbolos usados, poderemos trilhar o Caminho e achar a pérola preciosa da Gnosis, a chave que nos admite no Reino dos Céus.

PISTIS SOPHIA O EVANGELHO

Nesta oportunidade, falo do livro Pistis Sophia, que quer dizer “Fé de Sophia”, “Fé da Sabedoria” ou “Sabedoria da Fé”. Um livro bastante conhecido por Cabalistas, Ocultistas e principalmente estudantes do Gnosticismo. A História deste livro, como os outros que já descrevi, é cheia de aventuras, lendas e estórias fantásticas.

Trata-se de um conjunto de pergaminhos, de origem desconhecida, atribuidos a Valentin Basilides e outros da escola gnóstica de Aexandria. Descoberto em Tebas em 1785, os estudiosos dizem que o documento original era escrito em Grego. Existem atualmente 5 cópias, que são datadas de um período entre 250 e 400 DC.

Uma outra teoria diz que um rabino israelense Jodachay Bilbakh apresentou a seus estudantes um texto chamado “O Evangelho de Pistis Sophia” , que foi traduzido do hebraico e circulou entre os membros da Fraternidade Jessênia no Brasil, em 2001, com comentários baseados principalmente na cabala.

O que diz este livro? Trata-se de um texto complexo, ocorre no monte das oliveiras em 44 depois da morte de cristo, falando de diálogos do Jesus transfigurado, aos apóstolos [o ano de 44 foi o ano do Exilio de Maria Madalena para o Sul da França] Maria Madalena é citada 150 vezes e Pedro 14 vezes. Uma das passagens fala que Jesus diz a Maria Madalena que: “...teu coração esta mais dirigido ao reino dos céus que todos...”

Existem também muitas reclamações de Pedro sobre esta preferência. Relata também uma grande complexidade de hierarquias angelicais, celestes, ou seja, uma espécie de Organograma do céu. Existem diversas referências a este livro em escritos encontrados em Nag Hamadi [posteriormente escreverei um artigo sobre este local] e no Códice de Berlim. Em um papiro de Nag Hamadi existe um texto do Cristo transfigurado conforme segue: “Novamente, seus discípulos disseram: Diga-nos claramente como eles desceram das invisibilidades, do imortal para o mundo que morre? O perfeito Salvador disse: O Filho do Homem entendeu-se com Sophia, sua consorte, e revelou uma grande luz andrógina. Seu nome masculino é designado 'Salvador, progenitor de todas as coisas'. Seu nome feminino é designado 'Todo-progenitora Sophia'. Alguns a chamam de 'Pistis'.”

Por volta de 1840, foi feita uma tradução para o latim, e por volta de 1890, foi traduzido para Francês, Inglês e Alemão, mas devemos ter cuidado com estas traduções, pois existem diferenças de uma lingua para outra, seguindo o velho ditado “quem conta um conto aumenta um ponto”.

O Texto é dividido em três partes: Na primeira, fala de Jesus depois de sua ressureição, quando conversava com seus apóstolos e sua elevação aos céus, em meio a indefectíveis trovões e relâmpagos, com luzes intensas, etc. Menciona que ocorreu na Lua cheia de Thebet, no calendário judaico [mais ou menos no mês de maio, no calendario Gregoriano]. Este é um periodo do ano em que, até hoje, os Ocultistas consideram favorável para iniciações e contatos com o astral. Fala de seu retorno, trinta horas depois, “envolto em três vestes de luz”, já iniciado nos altos mistérios celestes onde ele explica de forma bastante complicada, a existência de entidades espirituais de nomes complexos.

Numa das passagens ele diz: "A partir deste dia, vou falar-vos abertamente, desde o princípio da Verdade até o seu término; e vou falar, face a face, sem parábolas. A partir deste momento não vos esconderei nada do alto e do lugar da Verdade. Pois, autoridade me foi dada, por intermédio do Inefável e do Primeiro Mistério de todos os mistérios, para falar-vos, desde o Princípio até a Plenitude, tanto de dentro para fora como do exterior para o interior. Ouvi, portanto, para que vos possa dizer todas as coisas".

As outras duas partes narram algumas instruções aos apóstolos, em diálogos, incluindo interpretações de caráter oculto de diversos trechos da bíblia e frases ditas em público por Jesus, e a explicação de alguns de seus mistérios, dentre eles o “Mito de Sofia”, são revelações feitas por Jesus sobre o processo de slavação da alma e a “Libertação do caos”.

Diz o livro que: “Depois de diversos incidentes com as entidades dos planos inferiores, Jesus encontra Pistis Sophia abaixo do Décimo Terceiro Eon, seu lugar de origem. Ela estava sozinha, sem seu par e seus irmãos, triste e chorosa devido aos tormentos que o Autocentrado lhe havia infligido com a ajuda de suas emanações e dos doze eons”.

Segundo a Wikipedia: “O mais bem conhecido dos cinco manuscritos da Pistis Sophia está amarrado com um outro texto gnóstico intitulado na encadernação "Piste Sophiea Cotice". Este "Códice Askew" foi adquirido pelo Museu Britânico em 1795 de um certo Dr. Askew.

Até a descoberta da Biblioteca de Nag Hamadi em 1945, o Códice Askew era um dos três códices que continha quase todos os escritos gnósticos que tinham sobrevivido a eliminação dessa literatura tanto no Leste quanto no Oeste, sendo os dois outros códices o Códice Bruce e o Códice de Berlim. A menos dessas fontes, tudo o que foi escrito sobre o Gnosticismo antes da Segunda Guerra Mundial é baseado em cotações, referências e inferências a partir dos escritos Patrísticos, dos inimigos do Gnosticismo, uma fonte nada neutra, onde as crenças gnósticas eram selecionadas para mostrar seus absurdos, seu comportamento bizarro e não ético e sua heresia o ponto de vista do Cristianismo Paulino ortodoxo.

O texto proclama que Jesus permaneceu no mundo após a ressurreição por 11 anos e foi capaz nesse tempo de ensinar a seus discípulos até o primeiro [isto é, inicial]nível do mistério. Começa com uma alegoria fazendo um paralelo entre a morte e ressurreição de Jesus e decrevendo a descida e a ascensão da alma. Depois disso, ele prossegue descrevendo figuras importantes na cosmologia gnóstica e então, finalmente, lista 32 desejos carnais que devem ser superados antes que a salvação seja possível, sendo que a superação de todos os 32 constitui a salvação.”