domingo, 14 de novembro de 2010

JHESU O AMeN DO MUNDO CRUCIFICAXÃO

A crucifixão é um processo místico-alquímico. Judas não foi um traidor. A verdadeira história da traição ainda será exposta publicamente para exame de todas as consciências. Pilatus, apenas, fútil e inocentemente, não lavou as mãos. Jesus , foi o grande herói da Era de Peixes.

A Bíblia [particularmente o Gênese o Evangelho de S. João e o Apocalipse] está apoiada em leis cabalístico-alquímicas, e os fatos históricos não correspondem exata e integralmente às Leis e aos Princípios esotéricos tradicionalmente conhecidos e aceitos. Há um véu que perenemente protege a Tradição. Por outro lado, muitos fatos bíblicos foram deliberadamente adulterados e apocopados, como alguns livros foram injustificadamente suprimidos... O Livro de Jasher é apenas um exemplo. Os Evangelhos ditos apócrifos representam mais de trezentos exemplos!

A crucificação de um Avatar geralmente simbolizava o fim de sua vida pública e início de suas atividades privadas. Expansão – Contração. Expiração – Inspiração. Mânvântâra – Prâlâya. Tudo em realidade se passa semelhantemente à Essência Divina: na expiração, o mundo é produzido; na inspiração, tudo desaparece e se desfaz gradualmente. Entretanto, o martírio de Jesus, sabido e por Ele esperado, foi, politicamente, uma punição romana e não judia. Se tivesse que ser sacrificado pelos judeus, Jesus seria apedrejado [pena de lapidação] e não crucificado. Todavia, dois foram os motivos (históricos) básicos que O levaram ao suplício iniciático: o socialismo santo que preconizava e a proclamação de Rei dos Judeus, que seguidores entusiásticos Lhe conferiram. O poder tirânico de Roma não poderia tolerar essa situação, e, a 5 de Abril do ano 30 de nossa Era, data assinalada na mesma Pirâmide que previu seu nascimento [hipotenusa do triângulo formado pelo piso da Câmara da Rainha, piso da passagem Ascendente e piso inclinado desta mesma Passagem], Jesus foi crucificado.

Deve-se acrescentar, ainda, que o maior conspirador e inimigo de Jesus não foi Judas, mas Caifás, que solitariamente a serviço de Roma, oferecia informações e fazia relatórios secretos quanto às atividades do Mestre. Na realidade, pouquíssimos judeus estavam interessados em castigar Jesus. Ao que se sabe, Caifás agiu praticamente sozinho, e o Sinédrio não teve participação relevante no processo que se estabeleceu contra Jesus. Roma, inclusive, perdeu o interesse em supliciar Jesus, mas a ordem chegou tardiamente, e isto já é outra história. Tardiamente?

Muito se tem comentado sobre a famosa frase pronunciada por Jesus, quando já estava pregado na cruz. Em Mateus XXVII, 46, lê-se: Eli, Eli, lamma sabacthani? Em Marcos XV, 34, está escrito: Eloi, Eloi, lamma sabacthani? Estas duas frases de sentido idêntico têm sido traduzidas por Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste? Todavia, ou esta frase tem um sentido oculto, ou as palavras foram mal interpretadas, ou as duas coisas. A transliteração hebraica dos dois Evangelhos e os manuscritos gregos estão corretos, e não existe margem para dúvida ou discussão. Mas o sentido – o verdadeiro sentido – é outro, e diametralmente oposto do que foi admitido, ou seja: DEUS MEU, DEUS MEU, COMO ME GLORIFICASTE! Já no versículo primeiro do Salmo XXI está registrado ALI, ALI, LMH HhZBTh-NI?, que significa: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Mas Jesus também poderia ter bradado: Heloi, Heloi, LMH ShBHhTh-NI!

ALI, ALI, LMH ShBHhTh-NI! era a fórmula final esotérica e sacramental dos Ritos Iniciáticos do Antigo Egito, e era pronunciada após terríveis provas de iniciação nos Mistérios [ditos pagãos]. Aceitar e traduzir a frase corretamente, equivaleria a admitir que Jesus havia sido um Iniciado.

IESCHOUAH. A frase DEUS MEU, SOL MEU, ESPARZISTE SOBRE MIM OS TEUS FULGORES! era a exclamação derradeira proferida pelo Iniciado, quando, então, era já considerado como FILHO E GLORIOSO ELEITO DO SOL.

Enfim, como os teólogos poderiam justificar a tradução correta perante a Cúria e ante a própria confraria católica? Admitir a frase iniciática implicaria em, obrigatoriamente, reformular os descaminhos que o movimento religioso que encontrou amparo nas doutrinas do Crucificado, estava então palmilhando, principalmente após o Segundo Concílio de Constantinopla, em 553 d. C., no qual, entre outras apócopes e distorções, foram suprimidas, por bula papal, a preexistência da personalidade-alma e a Lei da Necessidade [Reencarnação]. E nunca mais se comentou ou estudou o pensamento de Orígenes – o Papa Iniciado.

O que, por outro lado, deve ficar registrado, é que, independentemente de todas as distorções, adulterações, supressões e equívocos, há uma perene Igreja Eterna [oculta e iniciática], que guarda zelosamente o Conhecimento Primordial, e vive na sua integralidade as Doutrinas Secretas de Jesus.

De passagem – e a bem da verdade – a supressão autoritária da Lei na Necessidade interessou superlativamente a Teodora, esposa de Justiniano, que ao ceder aos apelos da antiga cortesã, cometeu, em associação com alguns membros da Cúria despótica daqueles tempos [bispos ortodoxos do Oriente], um dos maiores absurdos contra o Esoterismo Tradicional. Pergunta: seria possível, hoje, serem suprimidas, por qualquer decreto, as leis da gravitação, do eletromagnetismo e da radiatividade? De qualquer forma, no Evangelho [apócrifo] de Felipe, versículo 72, a frase iniciática ALI, ALI, LMH ShBHhTh-NI está assim escrita: Deus meu! Deus meu! Por que Senhor, tanto me glorificas

De qualquer forma, é ingênuo imaginar que Jesus, por maiores que tenham sido seu sofrimento e flagelação naquela nona hora de desespero e dor, tenha, por um único instante, desacreditado da ubiqüidade da Consciência Cósmica, de seus Irmãos do Templo de Hélios e da própria Grande Loja Branca, da qual era parte integrante, e da qual, naquele tempo, era seu supremo representante na Terra. Ele glorificou seu Pai pelo integral cumprimento de sua sagrada missão, ainda que a unificação das religiões e a reunião de todas as ciências não se pudessem ter verificado.

Estava em curso, então, a Era de Peixes, regida pelo elemento água. A Humanidade permanecia imersa no líquido amniótico, incapacitada para aprender, opinar e decidir. O homem pisciano pouco raciocinava, e seu pensamento acompanhava, geralmente, padrões, teorias e dogmas preestabelecidos. E o que foi considerado sem valor, distorcido, ou suprimido, continua original e sacrossantamente resguardado dos profanos, e ensinado nas autênticas fraternidades iniciáticas. É o tesouro que a Humanidade deve procurar, para dar o primeiro passo em direção à sua libertação e emancipação. 8 —› 9.

Há ainda a considerar a inscrição INRI geralmente interpretada como Iesus Nazarenus Rex Iudæorum (Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus). Voltando à Grande Pirâmide de Queóps, sabe-se que este monumento, entre outras finalidades, objetivou gravar as medidas dos céus e da Terra, ou seja, Iam (Água), Nour (Fogo), Ruach (Ar) e Iabeshah (Terra), cujas iniciais formam a sigla INRI, com aplicações cabalísticas que extrapolam o escopo deste ensaio. Não se pode, entretanto, deixar de avisar, que os elementos anteriormente referidos, só podem ser entendidos como entidades homogêneas do plano numenal. Pode-se também considerar, que os quatro elementos [alquímicos] são variedades alotrópicas universais de um elemento primordial.

Há, por outro lado, quem traduza a inscrição da seguinte forma: Venho da Judéia, passei por Nazaré, conduzido por Rafael e sou da tribo de Judá. Todavia, em vattan deve ser lida I-NRI, cujo significado é: Ele, a Humanidade. Em veda, sua leitura é I-NaRa, significando Ele, a Alma do Universo. E, em sânscrito, deve-se ler I-Na-Ra-Ya, ou seja, Ele, Nara-Dêva – o Homem-Deus. Contudo, há um simbolismo alquímico, que é: IGNE NATURA RENOVATUR INTEGRA (É pelo Fogo que a Natureza é renovada). Por último, esta inscrição, se corretamente (esotericamente) escrita seria YNRI, cujas letras admitem, resumidamente, os seguintes significados:

Y
corresponde ao
YOD
décima letra do alfabeto hebreu
simbolizando a manifestação do princípio criador ativo

N
passividade
Se Y e N estivessem juntas [YN]
já teria ocorrido a fusão de todas as seitas e religiões.

 N
tem um sentido arqueométrico-esotérico-iniciático
muito mais profundo

R
União dos dois princípios universais
e transformação perpétua da criação

I
Significa aquilo que emanou do sacrossanto
Associada à letra anterior [RI]
representa a reunião [fusão] de todos os ramos da ciência

Quando YNRI realizar-se – Era de Aquarius – será YN-RI

Há, ainda, a aditar que há uma correlação entre as letras da sagrada palavra YNRI com os Arcanos I, XIV, XX e X do Tarô. Por outro lado, o traço-de-união que liga YN-RI não significa separação. Na verdade, tudo é UM no seio do ABSOLUTO (PRIMEIRO UM). E, progressivamente, o ser irá avançar, assumindo conscientemente conhecimentos numenais, e descartando aquelas impressões fenomenais grosseiras, que o têm agrilhoado à matéria bruta, aos sentidos físicos e à inconsciência placentária da qual ainda é prisioneiro.

paxprofundis.org

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