Cientistas americanos declararam esta semana que um pedaço desbotado de papiro, conhecido como “Evangelho da Esposa de Jesus”, pode ser realmente antigo, e não uma falsificação moderna.
A escrita manchada foi apresentada pela primeira vez por um historiador da Escola de Teologia da Universidade de Harvard, em 2002. À época, a divulgação fora completamente rejeitada.
A controvérsia gerada pelo papiro deveu-se a uma frase que está presente em qualquer trecho das Escrituras Sagradas: “Jesus disse-lhes, 'Minha esposa'”, e acrescenta: “poderá ser minha discípula”. A revelação do papiro inflamou o debate sobre se as mulheres podem ser padres.
O polêmico objeto foi analisado por professores de engenharia elétrica, química e biologia das universidades de Columbia e de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Segundo eles, o papiro é semelhante ao que seria usado entre os séculos IV a.C. e VIII d.C..
Os resultados do teste não provam que Jesus teve uma esposa ou se teve discípulas. Dizem apenas que aquele fragmento é, provavelmente, de um manuscrito antigo, em vez de um falso.
Karen L. King, historiador de Harvard que deu nome e fama ao papiro, afirmou desde o início que aquele objeto não deveria ser considerado uma evidência de que Jesus teria sido casado, mas apenas que os primeiros cristãos discutiam questões como o celibato, sexo, casamento e discipulado.
King apresentou o fragmento
em uma conferência em Roma em setembro de 2012, mas ele foi defenestrado pelos
críticos porque seu conteúdo era controverso; a inscrição era suspeitosamente
manchada; a gramática, pobre; e sua procedência era incerta. Seu dono insistiu
em permanecer no anonimato e a tinta não fora
testada.
Um editorial do jornal
oficial do Vaticano declarou que o papiro era uma
farsa.
Especialistas no Novo
Testamento afirmaram que a "esposa de Cristo" poderia ser a Igreja - uma
interpretação que King declarou ser
possível.
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