segunda-feira, 4 de novembro de 2019

APOSTOLO TIAGO INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL

O livro de Tiago nos ensina algo sobre a inteligência espiritual quando fala da oração. No capitulo 4, verso 3: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal.” Há, portanto, um pedir bem, um saber pedir. Uma maneira inteligente de levar nossas petições ao Pai. Uma determinada sabedoria que Tiago define no capitulo 1, verso 5. Deus a concede a qualquer um, culto ao inculto, rico ou pobre, sábio ou indouto. Ela é definida no capitulo 3, verso 17: “Mas a sabedoria que vem do alto é principalmente pura, depois, pacifica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia”.

O assunto é tão interessante que mesmo os pensadores seculares estão preocupados com essa sabedoria, que podemos chamar também de inteligência espiritual.

Segundo a psicóloga e filosofa americana Danah Zohar, autora do livro Inteligência Espiritual, lançado no Brasil, essa capacidade se caracteriza pelos seguintes traços: capacidade de ser flexível; grau elevado de auto-conhecimento; capacidade de enfrentar a dor; capacidade de aprender com o sofrimento; capacidade de se inspirar em idéias e valores; relutância em causar danos aos outros; tendência para ver conexões entre realidades distintas; tendência a se questionar sobre suas ações e seus desejos, com perguntas como “por que agir de tal maneira? ” ou “o que aconteceria se agisse de outra maneira?”; capacidade de seguir as próprias idéias e ir contra as convenções.

Esse é o ponto de partida para cultivar a inteligência espiritual em nós mesmo e em nossos queridos. Como pais, lideres e irmãos em Cristo, cabe-nos sempre essa preocupação. Mas será a inteligência do Espírito de Deus em nós igual à preconizada pela autora do livro citado acima? O psicólogo batista Jailton Menegatti diz que não e explica por quê:

A psicóloga Danah Zohar defende a existência de um “ponto Deus” no cérebro humano  explica.

Durante muito tempo, o mundo viveu ma verdadeira obsessão por testes para medir o quociente de inteligência (QI), baseados na compreensão e manipulação de símbolos matemáticos e lingüísticos. Nos anos 90, descobriu-se, no entanto, que QI elevado não era sinônimo de sucesso. Os estudiosos levantaram uma outra ferramenta para medir o sucesso de uma pessoa. Entrou em moda a inteligência emocional (QE), ou seja, ter autoconhecimento, autodisciplina, persistência e empatia, explica o psicólogo.

Agora, o que psicólogos, filósofos e teólogos estão dizendo é que QI e QE podem trazer crescimento profissional e financeiro, mas, para ter paz interior e alegria, o ser humano precisa ter também inteligência espiritual. “Para a autora norte-americana, que não se apresenta religiosa, a inteligência do espírito é a capacidade de encontrar um propósito para a própria vida e de lidar com os problemas existenciais que surgem em momentos de fracasso, de rompimentos e de dor”, acrescenta Jaiton Menegatti.

A inteligência espiritual, também chamada de QS (do inglês spiritual quocient), é a inteligência que leva o ser humano, segundo Zohar, a criar situações novas, a perceber, por exemplo, a necessidade de mudar de rumo, de investir mais num projeto ou de dedicar mais tempo à família.

Na Universidade Harvard e no MIT (Massachusetts Institute of Technology), Zohar descobriu a importância da inteligência espiritual durante seu trabalho como professora da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e como consultora de liderança estratégica para grandes empresas como Shell, Philip Morris e Volvo. “Eu estava falando com um grupo de executivos bem-sucedidos, e um deles, com cerca de 30 anos, disse que tinha um alto salário, uma família legal, mas sentia um buraco no estômago. E todos os outros fizeram um gesto com a cabeça, concordando com ele”, contou Zohar.

Enquanto o QI resolve primordialmente problemas de lógica, QE nos ajuda a avaliar as situações e a reagir a elas de forma adequada, levando em conta os próprios sentimentos e os dos outros, QS serve quando nos sétimos num impasse, quando esfrenamos as armadilhas de velhos hábitos ou quando temos problemas co doenças ou sofrimentos.

A novidade, agora, é que alguns cientistas americanos estão começando a encontrar evidencias de que o cérebro foi programado biologicamente para fazer perguntas como: “Quem sou?”, “Por que nasci”, “O que torna a vida digna de ser vivida?”. No inicio dos anos 90, o neuropsicólogo americano Michael Persinger e , mais recentemente, em 1997, o neurologista Vilayany Ramachandran, da Universidade da Califórnia, identificaram no cérebro humano um ponto chamado de “ponto Deus” ou “módulo Deus”, que aciona a necessidade humana de buscar um sentido para a vida.

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