As escavações em uma caverna a
oeste de Qumran, perto da costa noroeste do Mar Morto, provam que Manuscritos do
Mar Morto estavam escondidos ali e foram saqueados por beduínos em meados do
século passado.
Com a descoberta deste local, os estudiosos agora sugerem que ele deve ser numerado “Caverna 12” ou “Q12”.
A descoberta surpreendente, que representa um marco na pesquisa sobre Manuscritos do Mar Morto, foi feita pelo Dr. Oren Gutfeld e Ahiad Ovadia do Instituto de Arqueologia da Universidade Hebraica de Jerusalém, com a ajuda do Dr. Randall Price e estudantes da Liberty University, dos EUA.
Essa é a primeira vez em mais de 60 anos que uma nova caverna que conteve tais pergaminhos é encontrada e propriamente escavada.
A escavação revelou numerosos frascos de armazenamento e tampas do período do Segundo Templo, escondidos em nichos ao longo das paredes da caverna e dentro de um longo túnel em sua retaguarda.
Até agora, acreditava-se que apenas 11 cavernas abrigaram tais manuscritos. Com a descoberta desta caverna, os estudiosos agora sugerem que ela seja numerada como a Caverna 12. Assim como a Caverna 8, em que frascos, mas não manuscritos foram encontrados, este local receberá a designação Q12.
“Embora no final do dia nenhum manuscrito tenha sido encontrado, apenas um pedaço de pergaminho enrolado em um jarro que estava sendo processado para escrever, as descobertas indicam, sem qualquer dúvida, que a caverna conteve pergaminhos que foram roubados”, disse o Dr. Oren Gutfeld, arqueólogo da Universidade Hebraica e diretor da escavação.
Os achados da escavação incluem não apenas os frascos de armazenamento dos manuscritos, mas também fragmentos de envelopes, uma corda que amarrou os pergaminhos e um pedaço de couro trabalhado que fazia parte de um pergaminho.
Cerâmica, numerosas lâminas de
pederneira, pontas de seta e um selo decorado feito de cornalina, uma pedra
semipreciosa, também revelaram que esta caverna foi utilizada nos períodos
Calcolítico e Neolítico.
Esta é a primeira escavação
realizada na parte norte do deserto da Judeia como parte da “Operação
Manuscritos”, que abrirá a porta para uma maior compreensão da função das
cavernas em relação aos pergaminhos, com o potencial de encontrar novos
materiais.
“A importante descoberta de outra caverna atesta o fato de que ainda há muito trabalho a ser feito no deserto da Judeia e achados de grande importância ainda estão à espera de serem encontrados”, disse Israel Hasson, diretor-geral da Autoridade de Antiguidades de Israel.
Ele continuou: “Estamos em uma corrida contra o tempo, já que ladrões de antiguidades roubam patrimônios em todo o mundo para ganho financeiro. O Estado de Israel precisa mobilizar e alocar os recursos necessários para lançar uma operação histórica, juntamente com o público, para realizar uma escavação sistemática de todas as cavernas do deserto da Judeia”.
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