Geraldo Sanclér era mais um pacato comerciante no centro de São Luís, no Maranhão. Proprietário de uma pequena livraria, o avanço dos shopping centers não o preocupava, pois a clientela nunca deixava de acorrer ao seu estabelecimento em busca de livros didáticos, bíblias, dicionários e outros artigos populares. Geraldo, que se dizia kardecista não praticante, nunca havia lido ‘O Código Da Vinci’ ou outras obras recentes que exploram o mito da descendência de Jesus e Maria Madalena, nem nunca se preocupou com o assunto.
Mas em março de 2005 isto mudou abruptamente. Em um final de semana chuvoso, os Sanclér foram visitar o sítio da família, e Geraldo envolveu-se na arrumação do velho porão da casa construída por seu bisavô, conhecido na região como “Seu Ília”. Entre o material lá armazenado há gerações, encontrava-se um pequeno baú, cuja fechadura já corroída guardava algumas reproduções de pinturas sacras, uma taça de estanho e um livro de anotações escrito a mão, em inglês.
Geraldo levou as peças para análise em um antiquário na capital do estado, que rapidamente avaliou que as imagens e a taça não tinham qualquer valor comercial, mas o livro [que começava escrito em inglês medieval e terminava com anotações em inglês corrente datadas de 1892] poderia ter interesse histórico.
Geraldo levou então a peça ao Museu do Carmo, e em 2 semanas recebeu extra-oficialmente o primeiro relatório: o livro registrava a crônica da família Saint Clair, afirmava que esta constituía um dos ramos da descendência de Maria Madalena, e consignava ainda uma série de fatos sobre uma organização denominada Priorado do Sião, na qual todos os Saint Clairs eram considerados altos dignitários. As últimas anotações foram escritas por seu bisavô, “seu Ília” - na verdade William Sinclair (corruptela de Saint Clair), escocês que veio ao nordeste do Brasil supervisionar a construção de uma ferrovia no final do século XIX e acabou morrendo prematuramente logo após o nascimento de seu único filho.
Abismado com estas revelações aparentemente inacreditáveis, Sanclér foi dominado por um misto de curiosidade e interesse em resgatar a aparente herança mística que poderia estar em poder do Priorado de Sião, que logo descobriu tratar-se de uma organização elusiva, tido como fantasiosa por muitos estudiosos. Ainda assim, dispondo de clara prova de sua existência, passou a procurar contato com várias organizações secretas - incluindo o ramo local da maçonaria, a ordem rosacruz e até mesmo a organização católica Opus Dei, sempre sem sucesso. Mas o número das pessoas que ouviram falar do “segredo dos Saint Clair” na região foi crescendo. Sua casa passou a ser visitada por curiosos que gostariam de ver ou tocar no cálice de estanho, ou fotografar passagens do livro.
Mas esta situação estava destinada a mudar mais uma vez, de forma que até o momento constitui um mistério. Na noite de 21 de dezembro de 2005 (data do Solstício de Verão), a residência dos Sanclér foi visitada por 3 homens, descritos por testemunhas como sendo muito bem apessoados, trajados com ternos claros e trazendo no peito um broche com a insígnia de uma cruz vermelha gamada, similar à que pode ser vista na maioria das imagens de cavaleiros templários. Um deles, que aparentemente não falava português, ficou no carro, em atitude de vigília, enquanto os outros 2 aceitaram o convite para entrar na casa e conhecer as relíquias já mencionadas.
A esposa de Geraldo, Ana Flávia, não sabe o que os 2 homens conversaram com seu marido em particular, mas relata que ele saiu de seu escritório muito alterado, trazendo as relíquias em uma caixa dourada, sempre em companhia do que ela descreve como “os 2 padres”, e a informou que teria que acompanhá-los para participar de uma cerimônia, e voltaria ao amanhecer. Esta foi a última vez em que ela o viu pessoalmente.
No dia seguinte, Ana Flávia conta que recebeu um telefonema de Geraldo, que contou estar se sentindo confuso e atordoado, mas que “eles haviam lhe dado permissão para um telefonema”. Geraldo informou estar no aeroporto de Imperatriz, que faria uma viagem, mas ela não deveria se preocupar, pois estava tudo bem.
A partir daí, não houve mais contato direto. Ana Flávia recebe periodicamente cartas [impressas em computador e sem assinatura] de Geraldo, acompanhadas de generosas somas em dinheiro, dando instruções sobre a manutenção da livraria da família, afirmando estar tudo bem, e pedindo repetidamente que não se avise as autoridades. Nas cartas, Geraldo não fornece um endereço para resposta, mas diz que a família não deve se preocupar pois está sendo guardada, e informações sobre todos os eventos familiares estariam sendo relatadas diariamente ao marido ausente, que inclusive faz referência a alguns destes fatos em suas mensagens.
O capítulo maranhense da WMBI entrevistou Ana Flávia e teve acesso a reproduções fotográficas de diversas páginas do misterioso livro, bem como do cálice de estanho e de algumas das imagens.
poeiracosmica.verdadeabsoluta.net
muito estranho,porem interessante !!!
ResponderExcluirInteressante
ResponderExcluirSaint Clair eles não são a linhagem. A linhagem são de famílias judias... E não faltará pão nem vinho.
ResponderExcluirMas a origem deles também é judia...
Excluirblabla cof cof mentira
ResponderExcluirNão acho que seja mentira ou verdade mais é si realmente for verdade sobre o santo graal eu acredito nessa possibilidade.
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